O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou neste sábado, durante o 10º Fórum Empresarial, que o Brasil possui uma "dívida educacional", por ter investido menos do que deveria durante o século XX. De acordo com o ministro, a média de investimento do País em educação no século passado foi de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Haddad afirmou que se essa média tivesse sido de 6% do PIB desde os anos 1930, a renda per capita dos brasileiros hoje seria ao menos o dobro do que é (US$ 8,1 mil, em 2009).
Haddad disse que se a taxa de 6% desde 1930 fosse aplicada, a população brasileira hoje seria de cerca de 100 milhões de habitantes, e não os atuais 198 milhões atuais. "O Brasil tem que reconhecer que não priorizou a educação no século XX", afirmou o ministro.
Respondendo a questões de empresários da plateia, que reclamaram da necessidade de formação de mais engenheiros, Haddad disse que o Brasil triplicou o número de profissonais formados em cursos superiores desde 1999 (320 mil por ano) até 2009 (950 mil ao ano).
O ministro ainda afirmou que o Brasil avançou em relação a investimento em educação e hoje a taxa de aplicação em relação ao PIB é de cerca de 5%. "Mas ainda é insuficiente, porque temos uma dívida educacional elevada e uma renda per capita baixa". Haddad disse que a meta do Brasil é alcançar os níveis de deseempenho de educação dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual fazem parte nações como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Japão.
A explanação do ministro aconteceu durante o Fórum Empresarial, que acontece em Comandatuba, na Bahia, até domingo.
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