Desde 2009, infelizmente para a dupla, o time tricolor se viu envolvido em pancadarias generalizadas, a maioria como vítima, e sobrou para a eles a missão de tentar conter ao máximo os tumultos.
No dia em que o Fluminense se livrou do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, no Paraná, por exemplo, torcedores do Coritiba, revoltados pela queda do time para a Série B, invadiram o gramado e tomaram os jogadores tricolores como alvo. Na quarta, em Buenos Aires, uma nova baderna foi instaurada fora de casa e, por pouco, ninguém teve ferimentos mais graves.
Há anos na profissão e no futebol, eles lamentam o descaso das autoridades e a falta de segurança, principalmente em jogos em países sul-americanos:
- Essas coisas, infelizmente, ninguém toma providência. Nem Conmebol, nem Fifa... Há situações em que, às vezes, dá até para amenizar, mas tem horas que você tem que agir e defender a integridade dos atletas. Enquanto não ocorrer uma tragédia séria mesmo, não vão tomar providências - disse Silvio, lembrando que o regulamento da Libertadores não prevê punições para este tipo de situação.
Márcio destacou ainda que a polícia argentina, que deveria agir com a função de apartar a confusão, acabou trabalhando como uma aliada do time da casa:
- Eles se omitiram, se eximiram da responsabilidade. Puxei dois policiais para pedir ajuda e ele me deu com o escudo na cara. A imagem ainda está refletindo, aquela massa humana para cima do time.
VESTIÁRIO QUASE INVADIDO
As cenas de vandalismo em Buenos Aires continuaram além do gramado do Estádio Diego Armando Maradona. Segundo Márcio e Sílvio, jogadores e dirigentes do Argentinos Juniors tentaram invadir o vestiário tricolor de qualquer maneira, dando murros e pontapés na porta.
De acordo com Márcio, a situação no gramado se tornou mais grave quando funcionários do estádio abriram os portões para torcedores.
Vítima de uma covardia em 2009, quando foi linchado por mais de 30 torcedores do Coritiba, ele dimensionou a situação na Argentina:
- Esta situação foi dez vezes pior do que em Curitiba. A torcida começou a entrar. Eram todos contra nós. Em Curitiba, o foco foi todo em mim, lá, não. Eram todos contra nós - disse Márcio, que na capital paranaense quebrou o braço esquerdo e teve hematomas no rosto e na cabeça.
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