Presidente da Costa do Marfim exige que soldados cessem combates
O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, ordenou na sexta-feira que os soldados de todos os lados do conflito voltem aos seus quartéis, num esforço para restaurar a estabilidade do país.
Ouattara venceu uma luta pelo poder pós-eleição, quando seu rival, Laurent Gbagbo, que se recusava a deixar a Presidência, foi preso na semana passada. A cidade de Abidjã, a principal do país, permaneceu repleta de combatentes e a violência ficou a ponto de explodir.
Especialistas do Banco Central do Oeste Africano (BCEAO) visitaram o país, que é o maior produtor de cacau do mundo, para verificar quando o sistema bancário poderá ser restabelecido e a França informou que enviará um avião carregado de assistência médica.
"Como comandante-em-chefe do Exército, ordeno a vocês que retornem todas as unidades de combate aos seus quartéis e bases de origem, sejam elas no norte ou no sul," disse Ouattara a generais de todos os lados numa reunião na sexta-feira.
"As unidades de combate devem retornar aos seus quartéis e a lei e a ordem serão mantidas pela polícia."
Após meses de diplomacia mal sucedida, as forças pró-Ouattara, dominadas pelos rebeldes que controlam o norte desde a guerra civil de 2002 e 2003, entraram em Abidjã no final de março, mas foram confrontadas durante dias por soldados leais a Gbagbo.
O fim do impasse ocorreu depois que helicópteros franceses e da Organização das Nações Unidas (ONU) destruíram as armas pesadas de Gbagbo, permitindo que as forças de Ouattara entrassem no complexo de Gbagbo e o prendessem.
Ouattara, no entanto, tem dificuldades para manter a aliança que o sustenta, assim como para neutralizar a milícia pró-Gbagbo que permanece no bairro de Yopougon, em Abidjã, onde houve um violento confronto esta semana.
Moradores disseram que a situação estava relativamente calma na sexta-feira.
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