O candidato Edson Lapolla não demorou a assumir a derrota na eleição contra Juvenal Juvêncio, na noite desta quarta-feira. Cerca de uma hora antes do fim da apuração, o opositor já concedeu entrevista admitindo ter sido superado pelo atual mandatário, mas fez duras críticas ao adversário.
"Não quero fazer uma comparação das pessoas. Só vou dar como exemplo. O povo (da Líbia) quer pôr o Kadhafi para fora do poder, mas se for ao palácio tem um monte de gente que gosta dele. Se der uma festa, deve ter até camisa amarela", afirmou o candidato derrotado, citando o ditador líbio e ainda fazendo referência à cor da chapa de Juvenal no Tricolor.
Dos 232 conselheiros com direito a voto no Tricolor, 174 compareceram ao salão nobre do Morumbi, com 163 votos a favor de Juvenal, enquanto Lapolla teve apenas sete (foram quatro votos brancos).
"Não importa a diferença de votos, o que vai definir é na Justiça. Muitas pessoas próximas ao Juvenal poderiam substituí-lo, o que seria normal, enquanto ele continuaria na batalha do estádio e sairia por cima da história do São Paulo", acrescentou Lapolla, lembrando que a oposição contesta a eleição nos tribunais.
Outro opositor, o ex-judoca Aurélio Miguel, seguiu o tom das críticas ao vencedor das eleições, também antes do anúncio oficial das urnas.
"O que o Juvenal está fazendo mancha a história do São Paulo. Agora, parece que pode tudo no São Paulo. Ele vai virar agora um Eurico (Miranda)?", contestou
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