EUA querem doar US$ 25 milhões para rebeldes da Líbia
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que pretende doar até US$ 25 milhões em ajuda "não letal" para os rebeldes da Líbia, que lutam contra as forças do ditador líbio, Muamar Gaddafi, há cerca de dois meses.
De acordo com o correspondente da BBC para assuntos diplomáticos Jonathan Marcus, uma autoridade americana declarou que a ajuda incluiria veículos, rádios, equipamentos médicos e kits com refeições para soldados.
O governo americano alega que esta doação daria apoio aos esforços da Otan para proteger os civis líbios dos ataques de Gaddafi.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que os governos da França e da Itália, seguindo o Reino Unido, anunciaram que vão enviar pessoal militar para apoiar os rebeldes.
CINEASTA
Também nesta quarta-feira, o governo britânico confirmou que um cineasta e fotojornalista que chegou a ser indicado ao Oscar morreu na cidade de Misrata, que há semanas é palco de confrontos entre forças pró e contra Khadafi no oeste da Líbia.
Tim Hetherington, que tem cidadania britânica e americana, estava tirando fotos na cidade. Ele teria sido morto em um ataque de morteiro.
O Ministério do Exterior britânico disse também que três outros jornalistas que estavam com ele ficaram feridos no mesmo ataque, e há relatos de que pelo menos um deles morreu.
Na quarta-feira, a ONU ainda disse que o suposto uso de bombas de fragmentação pelas forças de Gaddafi em Misrata poderá "ser considerado como crime internacional".
"Uma bomba de fragmentação teria explodido a apenas alguns metros do hospital de Misrata e outras informações sugerem que pelo menos duas clínicas médicas foram atingidas por morteiros ou disparos de atiradores", disse a comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay.
Pillay afirmou ainda que os ataques deliberados de instalações médicas são crime de guerra e o ataque deliberado ou colocar em perigo os civis de um país também são considerados graves violações da lei humanitária internacional.
"Peço às autoridades líbias que encarem a realidade de que eles estão se enterrando, junto com a população líbia, cada vez mais fundo em um pântano. Eles devem suspender o cerco a Misrata", disse.
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