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Participam do projeto social crianças e adolescentes de escolas públicas. Uma das participantes da iniciativa é campeã sul-americana da modalidade.
Projeto de karatê-dô em Cuiabá deve receber apoio do Criança Esperança
Disciplina, respeito e manter uma vida saudável. Estes e muitos outros ensinamentos são passados à criança pela prática do karatê-dô tradicional, no projeto "Karatê-dô tradicional: esporte e cidadania", desenvolvido pela Associação Centro América de Karatê Shotokan, em Cuiabá. E, a partir do ano que vem, o trabalho vai receber o apoio do Criança Esperança.
A pequena Emanuelly Pereira de Souza Lima, de 8 anos, é uma das que participam do projeto. Hoje, faz parte da seleção mato-grossense do esporte. O objetivo é certo. "Meu sonho é ser uma campeã. Uma campeã brasileira", diz. A mãe da atleta se dedica exclusivamente à carreira da pequena campeã. Mas, nem sempre foi assim.
“Porque através do karatê eu consegui reconquistei minha filha de novo. Eu estava deixando minha filha de lado devido ao serviço. Depois que ela começou a fazer o karatê me ensinou muito. É um estilo de vida", conta Maria Conceição Pereira de Souza..
Emanuelly e mais outras crianças e adolescentes de escolas públicas de Cuiabá participam do projeto. E o esporte ajuda na formação do caráter dos participantes.
"O comportamento deles melhorou muito. A disciplina, o relacionamento um com o outro. Foi um grande avanço que tivemos na nossa escola. Diariamente eles vão estar praticando isso aí. Não só na escola como na comunidade, em casa, em qualquer lugar que eles estiverem", diz Roselaine Crystina Ferraz, diretora da escola Alzira Valadares.
Desde 2000, o projeto vem despertando sonhos como o da Emanuelly. De lá pra cá, já passaram mais de sete mil alunos, que levaram dentro do coração a sementinha do esporte. E, a partir de 2014, o projeto passa a ser apoiado pelo Criança Esperança, iniciativa da Rede Globo em parceria com Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"Isso para nós é uma satisfação muito grande que nos motiva e nos dá muito mais responsabilidade para que a gente consiga ampliar e dar mais suporte a todas as crianças e adolescentes que estão conosco", opina José Humberto de Souza, presidente da Associação Shotokan e coordenador do projeto.
São crianças de seis a 17 anos, que depois de grandes continuam no projeto, só que como monitores. Querem dividir o que conquistaram com quem está chegando. "Me possibilitou viajar, conhecer outras culturas, e que eu me desenvolvesse como pessoa. Ajudou muito no meu caráter", afirma o monitor Jesse Parente Tocantins.
O também monitor Raony Mariano Ferreira Ribeiro relata algumas das coisas que assimilou com o esporte. "Aprendi mais a respeitar, a ter obediência, a saber que tem alguém que manda. Aqui quem manda é o sensei. Lá em casa, é minha mãe", diz.
Para os pais, valores que dão orgulho. "Um projeto desses é fundamental para te auxiliar na educação. Para ensinar além da educação, a doutrina, é uma disciplina muito bonita para o karatê", afirma Lucimar Mariano Ferreira, mãe de Raony Ribeiro.
O sonho dos pequenos para Nélia já é uma realidade. Os primeiros golpes foram no projeto e hoje ela já tem mais de 100 medalhas e o título de campeã sul-americana de karatê. "Eu não me vejo sem o karatê. Eu já tentei pensar o que eu seria, mas eu não sei. Acho que não me vejo [sem o karatê]. É muito importante", emociona-se.
Fonte:
Do G1 MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/948/visualizar/
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