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Agronegócios
Terça - 17 de Setembro de 2013 às 15:12

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O novo posicionamento da Embrapa para atuação na área de genética de cultivares, definido a partir da grande oportunidade existente de ampliação de negócios em bases tecnológicas e estabelecido de forma a contribuir para a competitividade e a sustentabilidade do setor sementeiro no Brasil. Este é um dos assuntos que será tratado durante a palestra que o Gerente-Geral da Embrapa Produtos e Mercado (Brasília, DF), Frederico Ozanan Machado Durães, fará durante a abertura do XVIII Congresso Brasileiro de Sementes, representando o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes.


 
Conforme Durães, as mudanças nos cenários mundiais e no Brasil, que têm produzido alterações no agronegócio brasileiro, têm afetado os ambientes territoriais e empresariais nos campos técnico, legal e mercadológico. Com o crescimento populacional e uma crescente necessidade de soluções para a segurança alimentar, nutricional e de saúde, as óticas de complexidade, conhecimento e interconexões exigem estratégias e operacionalidade, com adequação de competências, instituições e do conjunto de leis.


 
Ele explica que as diretrizes da diretoria-executiva da Embrapa têm sido pautadas por uma “visão integral da realidade em um mundo complexo variável”, e recomendam empreendedorismo para uma reconstrução de empresa, por meio de ideias, pessoas e coisas.


 
Com isso, a dinâmica do mercado de CT&I para o negócio agrícola tem demandado de instituições como a Embrapa a adequação de suas ações nos processos de produção do saber técnico-científico, e nas tratativas para um saber negocial visando transferência de tecnologia remunerada e não-remunerada. Este cenário, conforme o gerente da Embrapa Produtos e Mercado, implica no relacionamento maduro entre parceiros para atuação em mercados competitivos, com competitividade e cooperação, bem como para contribuir, adequadamente, para arranjos e nichos que demandam inclusão tecnológica e produtiva.


 
Segundo Frederico Durães, essa visão de negócios abre, para a Embrapa, a possibilidade de formação de novos arranjos de negócios com parceiros da iniciativa privada, visando o desenvolvimento e utilização de genética de cultivares, e associações com características de interesse específica (traits). Ela também desenvolve um raciocínio fundamentado na diversidade genética, domínio tecnológico, e eficiência de arranjos e processos técnicos, organizacionais e negociais. Dentro dessa nova visão de negócios, ele cita estratégias para posicionamento de cultivares convencionais e também caracteriza algumas cultivares desenvolvidas ou posicionadas no mercado, como é o caso do algodão com tecnologia RRFlex, a soja Cultivance, milho VT2 Pro, dentre outras.


 
O Gerente da Embrapa Produtos e Mercado, que terá como tema de sua palestra O mercado brasileiro de sementes em perspectiva: visão e contribuições da Embrapa, explica que a Embrapa reconhece a sua importância histórica na construção de um setor sementeiro no Brasil, enquanto retoma novos rumos para contribuir para uma agenda de PD&I e Transferência de Tecnologia, participando como mediadora dos interesses público, privado e da parceria-público-privada. “A evolução dinâmica da agricultura passa por competitividade e sustentabilidade do setor sementeiro, e uma agenda estratégica de parcerias deve incluir, obrigatoriamente, o interesse maior do Brasil, convertido no interesse dos agricultores e da agricultura nacional”, finaliza.


 
O Congresso Brasileiro de Sementes, realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates), é considerado uma referência de resultados, capacitação e divulgação sobre tecnologia de sementes do país. Neste ano, o evento acontece de 16 a 19 de setembro, no Centro de Convenções Centro Sul, em Florianópolis, SC, e objetiva reunir um público especializado de cerca de 1.500 participantes, incluindo as principais empresas do setor, para discussão dos principais problemas do setor de sementes. O tema central do Congresso é A semente na produtividade agrícola e na conservação de recursos genéticos.


 
Exposição
Além da programação científica, a Embrapa participará, também, com um estande na exposição que será montada no Congresso. Neste estande, o público poderá saber onde encontrar as sementes das cultivares melhoradas geneticamente que a Embrapa disponibiliza no mercado.


 
Em destaque, as quatro cultivares de algodão transgênico lançadas no início deste mês, em Brasília. As cultivares BRS 368RF, BRS 369RF, BRS 370RF e BRS 371RF, possuem tecnologia RR Flex, que oferecem maior flexibilidade no controle de plantas daninhas pelo glifosato, permitindo a aplicação do herbicida nos diferentes estádios de desenvolvimento do algodoeiro.


 
Em destaque, ainda, o BRS Parrudo, cultivar de trigo que associa porte baixo, sanidade, produtividade e qualidade do grão, com elevada resposta a adubação nitrogenada e resistência ao acamamento. E, ainda o BRS Sena, primeiro híbrido nacional de tomate para processamento industrial, que tem ótimo desempenho na colheita mecânica.


 
Outra cultivar em destaque na exposição é o sorgo sacarino BRS 511, que apresenta alto potencial para produzir biomassa e assemelha-se à cana-de-açúcar para a produção de etanol. Além disso, serão mostradas diversas cultivares de soja constantes do portfólio da Embrapa, entre elas as BRS 361, BRSGO 6955 RR, BRS 8381 e BRS 360RR.





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