Provável premiê da Finlândia nega veto a resgate de Portugal
Jyrki Katainen, líder do partido Coalizão Nacional e encarregado de formar uma nova coalizão de governo, previu poucas alterações na postura finlandesa e disse que o país deve ser "responsável".
"Veremos o que é possível, mas de qualquer forma as mudanças não seriam muito grandes", declarou Katainen a repórteres. Ele disse que o atual governo ou aquele que ele espera comandar lidará com a questão do resgate financeiro de Portugal.
"A Finlândia precisa, para seu próprio bem, criar um programa de governo inteligente e responsável, que maximize nossa influência em todos os fóruns internacionais. Estou convencido de que podemos encontrar tal política."
No que pode ser visto como sinal ao partido anti-euro Verdadeiros Finlandeses, Katainen afirmou que todas as agremiação que se unirem à nova coalizão precisarão apoiar o programa do governo.
DIREITO DE VETO
Os "verdadeiros finlandeses" emergiram como terceiro maior partido da eleição de domingo. Seu carismático líder, Timo Soini, disse esperar que a UE altere seus planos de socorro aos portugueses.
O parlamento finlandês, diferentemente de outros da zona do euro, tem direito de votar os pedidos de fundos de resgate financeiro da União Europeia.
A direitista Coalizão Nacional deve abordar os Verdadeiros Finlandeses e o opositor Sociais Democratas para discutir a formação de uma maioria governista.
Sixten Korkman, diretor-gerente do Instituto de Pesquisa da Economia Finlandesa, disse ser difícil prever como os partidos obterão consenso.
"Soini adotou uma linha particularmente dura neste assunto durante a campanha eleitoral, então deve ser difícil para ele se afastar deste tema, e muitas pessoas em seu partido teriam dificuldades em aceitá-lo."
Katainen disse estar preparado para um processo longo e árduo.
"Diria que é bom estar preparado para longas negociações", declarou.
Os verdadeiros finlandeses conquistaram 19% dos votos no pleito, garantindo 39 das 200 cadeiras do parlamento_ haviam obtido cinco em 2007.
A Coalizão Nacional, que venceu a eleição com 20,4%, tem 44 assentos, enquanto os Sociais Democratas, com 19,1%, têm 42 cadeira.
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