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1° trimestre de 2011 foi de preços remunerados, mas também de elevação a fertilizantes. Nova safra requer planejamento
Cotações acima da média
Preços dos grãos tiveram incremento em relação ao mesmo período do ano passado e tornaram safra remuneradora
O primeiro trimestre de 2011 encerrou com o melhor saldo de preços para grãos - soja e milho - em relação a igual período do ano passado. Em média, os preços tiveram incremento de 58% (soja) a 80% (milho). No caso da soja, os preços saltaram de R$ 23, em 2010, para US$ 23 (R$ 36), este ano. Já o milho teve valorização maior: saiu de R$ 8 a R$ 10 para valores entre R$ 17 a R$ 18. Bom para o produtor, que pode pensar no planejamento da próxima safra com cotações acima das médias históricas.
Mas nem tudo é alegria para o produtor. Na esteira da valorização das commodities, os custos de produção para o plantio de soja deverão aumentar este ano por conta da alta dos fertilizantes. A majoração dos adubos acompanhou o movimento na Bolsa de Chicago, fechando o trimestre com alta de até US$ 120 por tonelada, caso do fertilizante com a fórmula 001818, que representa uma determinada composição química. Os preços, que oscilavam em torno de US$ 450, pularam para valores entre US$ 550 a US$ 570.
O momento, segundo os produtores, é de cautela. “Vivemos um bom momento, com preços remuneradores para o produtor, porém, temos situações que obrigam o setor a estar muito atento e agir com certa cautela. Uma delas é a questão da elevação dos preços dos fertilizantes, outra é a expectativa de plantio da nova safra norte-americana, a partir de maio”, avalia o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Carlos Henrique Fávaro.
Segundo ele, o mercado internacional continua comprador, com baixos estoques de soja e milho, situação que impulsiona os preços das commodities. “Mas o produtor deve ficar de olho no mercado, pois a nova safra brasileira está chegando com uma superprodução”. Mato Grosso deverá colher mais de 20 milhões de toneladas de soja e mais de 7 milhões de toneladas de milho.
“O sojicultor deve avaliar a sua situação e o mercado neste momento, para ver se é um bom negócio vender o restante da safra agora, aproveitando os bons preços, ou esperar mais um pouco pela definição da nova safra norte-americana”. Lembra, entretanto, que se os Estados Unidos confirmarem uma supersafra este ano, os preços poderão recuar e aqueles que ainda não negociaram poderão ter perdas na comercialização dos grãos ainda não vendidos. A Aprosoja/MT estima que cerca de 80% da safra mato-grossense de soja já foi comercializada.
VENDAS - Na opinião do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio, o produtor já fez a lição de casa vendendo parte da safra de forma antecipada e travando custos. “O quadro mundial de oferta já está precificado, com a China mantendo uma tendência de demanda elevada para os próximos anos”, frisa.
Ele diz que o mercado já reagiu em função das expectativas de supersafra mundial. “A safra da América Latina já está consolidada e acredito que o mercado só poderá ser influenciado mesmo pela produção norte-americana”. Para Celidônio, não existe uma “grande preocupação” com relação a uma possível queda de preços por conta da supersafra, uma vez que a demanda da China – principal comprador de Mato Grosso – “está crescente e tende a continuar elevada”.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, a maior preocupação no momento é em relação à queda da rentabilidade do produto, provocada pelos aumentos dos custos - fretes e insumos – e desvalorização cambial. “A queda do dólar é prejudicial às exportações e um fator de aumento de custos para aqueles que precisam escoar sua produção aos portos exportadores”, disse ele.
Mas nem tudo é alegria para o produtor. Na esteira da valorização das commodities, os custos de produção para o plantio de soja deverão aumentar este ano por conta da alta dos fertilizantes. A majoração dos adubos acompanhou o movimento na Bolsa de Chicago, fechando o trimestre com alta de até US$ 120 por tonelada, caso do fertilizante com a fórmula 001818, que representa uma determinada composição química. Os preços, que oscilavam em torno de US$ 450, pularam para valores entre US$ 550 a US$ 570.
O momento, segundo os produtores, é de cautela. “Vivemos um bom momento, com preços remuneradores para o produtor, porém, temos situações que obrigam o setor a estar muito atento e agir com certa cautela. Uma delas é a questão da elevação dos preços dos fertilizantes, outra é a expectativa de plantio da nova safra norte-americana, a partir de maio”, avalia o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Carlos Henrique Fávaro.
Segundo ele, o mercado internacional continua comprador, com baixos estoques de soja e milho, situação que impulsiona os preços das commodities. “Mas o produtor deve ficar de olho no mercado, pois a nova safra brasileira está chegando com uma superprodução”. Mato Grosso deverá colher mais de 20 milhões de toneladas de soja e mais de 7 milhões de toneladas de milho.
“O sojicultor deve avaliar a sua situação e o mercado neste momento, para ver se é um bom negócio vender o restante da safra agora, aproveitando os bons preços, ou esperar mais um pouco pela definição da nova safra norte-americana”. Lembra, entretanto, que se os Estados Unidos confirmarem uma supersafra este ano, os preços poderão recuar e aqueles que ainda não negociaram poderão ter perdas na comercialização dos grãos ainda não vendidos. A Aprosoja/MT estima que cerca de 80% da safra mato-grossense de soja já foi comercializada.
VENDAS - Na opinião do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio, o produtor já fez a lição de casa vendendo parte da safra de forma antecipada e travando custos. “O quadro mundial de oferta já está precificado, com a China mantendo uma tendência de demanda elevada para os próximos anos”, frisa.
Ele diz que o mercado já reagiu em função das expectativas de supersafra mundial. “A safra da América Latina já está consolidada e acredito que o mercado só poderá ser influenciado mesmo pela produção norte-americana”. Para Celidônio, não existe uma “grande preocupação” com relação a uma possível queda de preços por conta da supersafra, uma vez que a demanda da China – principal comprador de Mato Grosso – “está crescente e tende a continuar elevada”.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, a maior preocupação no momento é em relação à queda da rentabilidade do produto, provocada pelos aumentos dos custos - fretes e insumos – e desvalorização cambial. “A queda do dólar é prejudicial às exportações e um fator de aumento de custos para aqueles que precisam escoar sua produção aos portos exportadores”, disse ele.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/95096/visualizar/
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