Criança morre sufocada ao brincar sozinha numa rede
No pescoço da menina havia ferimentos e o laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal (IML) aponta asfixia mecânica como causa morte. O laudo final tem prazo de 40 dias para ser concluído e anexado ao inquérito.
O delegado plantonista da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), André Renato Gonçalves, atendeu a ocorrência. Ele conta que foi até a casa da família e um dos parentes informou que a criança costumava brincar na rede com as primas. Na ocasião, eles fizeram uma reprodução de como as meninas agiam.
Na hora do acidente, não havia nenhum responsável dentro da casa. A menina era cuidada pela tia, que foi até a casa de um familiar, nas proximidades, e quando voltou encontrou a sobrinha morta.
O caso foi encaminhado para a delegacia de Várzea Grande, que investigará se houve homicídio ou negligência dos pais.
Segurança - O secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e presidente da Sociedade Mato-Grossense de Pediatria (Somape), Euze Carvalho, é pediatra há 19 anos e assegura que crianças de até 12 anos não podem ficar sozinhas em nenhuma circunstância. Elas agem de forma inesperada, não têm consciência do perigo e acabam envolvendo-se em acidentes. A maior parte das lesões por fator externo na faixa etária acontece dentro de casa.
Com um responsável perto, as ações de risco são coibidas e, em caso de ferimento, o socorro terá maior rapidez, evitando a mortalidade. Locais como cozinha e área de serviço também devem ter barreiras para impedir o acesso.
Carvalho explica que somente na adolescência, idade acima de 14 anos, os filhos podem ficar em casa sozinhos por algum período. Nesta idade, eles também podem começar a se locomover sem os pais para a escola e algumas atividades, sempre monitorados.
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