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Polícia Brasil
Sábado - 16 de Abril de 2011 às 09:26

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Antes da prisão dos quatro assaltantes em um posto de combustível de Diadema (Grande SP), nesta quinta-feira (14), o estabelecimento já havia sido roubado pelo menos outras 32 vezes. Neste ano, foi um roubo a cada seis dias.

Apesar disso, o assalto (veja imagens abaixo) frustado pela ação da polícia nesta quinta pode não ter sido o 33º. "O dono disse que já foram 120 roubos, mas só temos registros de 33", disse o delegado Denis Saito, do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de Diadema.

Em 2010, foram registrados 17 roubos ao posto. Nos primeiros 105 dias deste ano, mais 16 ocorrências acabaram nas estatísticas do 1º Distrito Policial de Diadema.

A concentração das ocorrências neste ano, segundo Saito, é uma das explicações para que a operação não tenha sido montada no ano passado.

"No ano passado, as ocorrências foram espaçadas e, neste ano, aumentou muito. Além disso, o caso era investigado pelo DP da área [o 1º DP de Diadema] e, pelo volume de trabalho de lá não era possível montar uma operação como essa", disse o delegado.

No início de março, a delegacia de Saito recebeu o caso e passou a investigar a ação dos criminosos no posto. Em 45 dias, os policiais do Garra chegaram a se passar por frentistas para flagrar os assaltantes --mas a tática não funcionou.

"Não dava certo [o disfarce] porque sempre que estávamos lá não apareciam bandidos", diz o delegado Denis Saito. A desconfiança da polícia é de que frentistas antigos do posto podem estar envolvidos nos crimes. Por isso, toda a equipe do estabelecimento foi trocada pelo dono há sete dias.

Nesse período, o estabelecimento continuou sendo roubado. "A polícia ficava horas aqui, mas quando ia embora os bandidos voltavam, afirmou um frentista que preferiu não se identificar.

"Quando fui contratado o dono me avisou que eu presenciaria muitos assaltos", disse o funcionário --vítima de quatro assaltos desde que assumiu a função no último dia 8.

Apesar da prisão dos quatro assaltantes, o frentista continua temeroso com o novo emprego. "A polícia não fica aqui 24 horas. Prendem quatro e outros 16 voltam", afirmou o funcionário.

O medo é justificável, segundo próprio delegado que cuidou do caso. "No começo resolve e assusta, mas se não continuar o trabalho policial outros podem tentar roubar o posto", afirma Saito.

As imagens das câmeras de segurança do posto mostram que alguns dos criminosos presos já tinham roubado o posto outras vezes. "Um dos detidos nos disse que já roubou o posto 30 vezes", disse o delegado Saito.

Os assaltantes, com idades entre 19 e 21 anos, estão presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Diadem






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