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Tecnologia
Sexta - 15 de Abril de 2011 às 20:37

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O Motorola Atrix poderia ser mais um smartphone comum rodando sistema operacional Android, mas não é, graças ao software e aos acessórios que o transformam em um desktop completo. Ou melhor, em um notebook completo.

As configurações técnicas do Atrix são impressionantes: tela de 4 polegadas com resolução qHD (960 x 540 pontos), câmera de 5 megapixels capaz de filmar em alta definição (720p), webcam frontal para videochamadas, 16 GB de armazenamento interno, 1 GB de memória, processador de núcleo duplo de 1 GHz (o que o deixa bastante veloz) e, algo comum em notebooks faz parte do aparelho: um leitor de impressões digitais. A versão do Android utilizada é a 2.2 ("Froyo") com capacidade de transformar o telefone em um ponto de acesso sem fios para compartilhar a conexão 3G.

A caixa do Atrix, em seu kit original, vem com o smartphone, cabos USB e HDMI e um berço/dock expansor (chamado de "dock multimídia") com mais três portas USB. Só com esse acessório, você pode ligar o dock a um monitor convencional via HDMI e teclado e mouse USB. Pronto, desktop completo.

O mais interessante é que, quando o Atrix se transforma em desktop, você não vê apenas a interface convencional do Android: a Motorola incluiu um software de virtualização (fornecido pela Citrix) que amplia as opções de uso, deixando a experiência mais próxima de um computador convencional. O navegador de internet presente nesse "Webtop" é o Mozilla Firefox, igualzinho ao do PC. Navegue em abas, acesse sites em Flash (o Atrix é compatível com a tecnologia da Adobe) e compartilhe documentos online em soluções como Google Docs, por exemplo.

O dock presente na caixa do Atrix também pode ser ligado a um televisor de tela plana, por conta da saída HDMI. E aí você usa o telefone para ver as fotos e vídeos feitos em alta definição com o aparelho, por exemplo.

Entretanto, o opcional mais interessante para uso com o Atrix é o chamado Lapdock. Ele parece com um notebook muito, muito fino. Na sua parte traseira, uma peça móvel permite encaixar o Atrix (pelas portas USB e HDMI). Após conectar o smartphone ali, basta abrir a tela de 11,6 polegadas e, em instantes, o webtop começa a funcionar.

O Lapdock também oferece duas portas USB adicionais (conecte seu pen drive ali para ver arquivos), alto-falantes estéreo e uma bateria de oito horas de duração (estimada). Ao conectar o Atrix, o Lapdock recarrega a bateria do aparelho - algo mais que necessário ao usar tela e o celular para acessar a internet via 3G ou Wi-Fi. Desse modo, ele se transforma em um escritório móvel, fazendo muito mais que a maioria dos smartphones atuais.

Fato é que o Atrix, com os acessórios, se prova um passo além da Motorola Mobility para recuperar o tempo perdido no mercado de smartphones. A adoção do Android e o lançamento de mais de 10 modelos com o sistema do Google já ajudaram bastante a companhia norte-americana. O Atrix, entretanto, é um aparelho caro (preço médio estimado em R$ 1.920; ofertas podem variar de acordo com a operadora) e focado principalmente para quem precisa de acesso à internet sem precisar carregar um notebook. Se esse é o seu caso (e seu bolso), é uma ótima opção.






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