Ex-inspetor das Nações Unidas é acusado de pornografia infantil
O ex-inspetor de desarmamento da ONU (Organização das Nações Unidas), Scott Ritter, foi acusado de pornografia infantil depois de ter sido surpreendido mantendo uma conversa erótica com um menor de idade pela internet, durante uma investigação policial, informou o jornal americano "Pocono Record".
Durante uma audiência de indiciamento, a Justiça americana apresentou um vídeo que também mostrava Ritter se masturbando.
Ritter, de 49 anos, em sua defesa disse que achava que estava falando com uma mulher que se fazia passar por uma menor de 15 anos.
Fervoroso opositor à guerra no Iraque, Ritter renunciou a seu posto como inspetor da ONU em 1998, para manifestar seu desacordo com a reação dos Estados Unidos e das Nações Unidas depois que Bagdá rejeitou qualquer inspeção de suas centrais nucleares.
Também afirmou que o então presidente iraquiano Saddam Hussein não tinha armas de destruição em massa, refutando abertamente o principal argumento de George W. Bush para justificar a invasão militar no Iraque em 2003.
Os advogados de Ritter dizem seu cliente é vítima de uma conspiração.
Ele deve comparecer ao julgamento no condado de Monroe, na Pensilvânia, ainda em data a ser agendada.
ALERTA DA ONU
Na segunda-feira (11), a própria ONU alertou para o crescente uso da internet para entrar em contato com menores e depois abusar sexualmente deles.
O assunto foi tema de debate nesta semana em Viena pela Comissão da Organização das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e de Justiça Penal.
"A internet abriu uma porta para milhões de lares e as crianças podem estar deixando entrar criminosos, frequentemente diante dos narizes dos pais", advertiu nesta segunda-feira Yuri Fedotov, diretor do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC), na primeira jornada desta comissão.
O diplomata russo indicou que o crime eletrônico será um dos temas mais importantes a serem tratados pela comissão, em particular seu impacto nas crianças.
"Os criminosos usam chats online e páginas de jogos para atrair crianças para a exploração sexual" alertou o responsável da UNODC.
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