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Polícia Brasil
Sexta - 15 de Abril de 2011 às 15:38

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O jovem Wellington Menezes de Oliveira, 23, que atirou contra alunos da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, relatou em um dos cinco vídeos divulgados pela polícia nesta sexta que passou por humilhações e que isso o tornou "mais forte".

"Fui fraco. Fui medroso. Mas me tornei um combatente. Uma pessoa forte e corajosa, que tem como objetivo a defesa de irmãos fracos que ainda estão em condição incapazes de se defender", disse Wellington no vídeo de quase três minutos.

Na gravação, o atirador diz ainda que essa é a última mensagem deixada por ele. No vídeo, ele conta que as imagens foram coletadas um dia antes do massacre, em sua casa, antes que ele seguisse para Realengo, onde se hospedaria em um hotel antes do crime.

"Espero que nenhum irmão precise morrer para que os demais irmãos mais fracos fiquem em paz, tenham uma perspectiva de vida, de respeito e dignidade, e que não sofram na mão desses covardes cruéis", disse ele ainda.

Os vídeos divulgados hoje estavam em um dos computadores queimados encontrados pela Divisão de Homicídios na casa de Wellington, em Sepetiba, zona oeste do Rio. Foram divulgadas também fotos do atirador com armas, que ele também mantinha no computador.

 

VÍDEOS

No primeiro vídeo do atirador, divulgado na terça-feira (12) pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, Wellington aparece sem barba e fala sobre o planejamento do crime. Ele diz que gravou o vídeo dois dias antes do massacre.

"A luta pelo qual muitos irmãos no passado morreram e eu morrerei não é exclusivamente pelo o que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem", afirma.

Na quarta-feira (13), outro vídeo de Wellington foi antecipado pela Folha. Segundo a polícia, o vídeo provavelmente foi gravado antes de julho de 2010, o que indica que o crime já era planejado no ano passado.

Ele afirma que as pessoas que o desrespeitaram descobrirão quem ele é "da maneira mais radical".

MASSACRE

A tragédia ocorreu por volta das 8h30 do dia 7 de abril, após Wellington entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.

Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.






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