O titular de Finanças fez as declarações na apresentação de um novo memorando de entendimento entre as partes, fruto de duas semanas de revisão da situação irlandesa, e que firma as bases para a renegociação de certos aspectos das condições do resgate, avaliado em 85 bilhões de euros.
Entre outros avanços, destacou Noonan, os dois organismos internacionais deram ao Governo de Dublin sinal verde para aumentar em 1 euro o salário mínimo interprofissional, depois que o anterior Executivo rebaixasse para os 7,65 euros a hora.
O novo documento será ratificado durante os próximos dias 15 e 16 de maio com as assinaturas do Governo irlandês, o FMI, a Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (CBE), segundo fontes oficiais.
O titular de Economia assinalou que a revisão do salário mínimo, que volta ao nível que tinha antes do resgate oferecido em novembro, é chave para introduzir medidas que estimulem a geração de emprego.
O plano de criação de emprego, elaborado pelo Executivo de coalizão de conservadores e trabalhistas, será apresentado em maio e prevê, entre outras coisas, redução nas contribuições feitas pelas empresas pelos seus trabalhadores à seguridade social.
Além disso, a Irlanda deverá cometer uma profunda reforma de seu setor público, o que envolve redução do número de funcionários e de salários, como indicou o ministro de Reforma e Gasto Público, Brendan Howlin.
Com relação à possibilidade de a Irlanda obter um corte nas taxas de juros de 5,8% que pagará pelo empréstimo, Noonan adiantou que a questão será debatida em futuras revisões, que o FMI e a UE realizam a cada trimestre.
Mais adiante, disse o ministro, será possível analisar os resultados do plano de emprego e do programa de reestruturação do sistema financeiro nacional, que prevê reduzir de tamanho por meio da criação de dois bancos "pilares" em torno do Allied Irish Banks (AIB) e o Bank Of Ireland.
Neste sentido, Noonan garantiu que o FMI elogiou as "decisivas" medidas tomadas por seu Governo para dar as reais dimensões do tamanho do buraco dos bancos, cujo resgate foi fixado em 70 bilhões de euros.
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