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Internacional
Sexta - 15 de Abril de 2011 às 08:53

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Um tribunal da ONU condenou nesta sexta-feira dois generais croatas por crimes contra a humanidade, cometidos contra civis sérvios durante a guerra da Iugoslávia, nos anos 1990. Outro general, Ivan ermak, foi absolvido. Todos haviam se declarado inocentes.

A decisão causou revolta na capital da Croácia, Zagreb. Ante Gotovina pegou 24 anos de prisão, enquanto Mladen Markac foi sentenciado a 18 anos pelo Tribunal Criminal Internacional para a Antiga Iugoslávia, em Haia, na Holanda.

Os generais foram considerados culpados por comandar uma campanha para expulsar os sérvios da região croata de Krajina, entre julho e setembro de 1995.

À época, Gotovina era comandante do distrito militar de Split. Já Markac ocupava o cargo de vice-ministro do Interior, encarregado de assuntos da Polícia Especial croata.

Ambos foram condenados por perseguição, deportação, pilhagem, destruição injustificada, assassinato, atos desumanos e tratamento cruel. Eles foram absolvidos de acusações de atos desumanos por meio de transferência forçada.

Revolta em Zagreb

O correspondente da BBC em Zagreb Mark Lowen afirma que uma multidão reunida no centro da cidade reagiu com fúria à decisão tomada pelo tribunal.

Assistindo à transmissão ao vivo do julgamento, manifestantes começaram a cantar músicas nacionalistas. Muitos carregavam bandeiras da Croácia e retratos dos generais, que, segundo Lowen, são vistos como heróis nacionais e libertadores do país.

O repórter da BBC diz que um protesto contrário ao veredicto foi marcado para o próximo sábado, nas ruas de Zagreb. De acordo com Lowen, a decisão do tribunal é vista pela população como um julgamento contra uma luta legítima pela independência.

Cerca de 200 mil sérvios étnicos foram expulsos da Croácia em 1995, e ao menos 150 foram mortos






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