Júri, no Fórum de Cuiabá, condenou 3 rapazes; no destaque, tambor com restos do corpo de estudante
Trio que matou colega a machadadas pega 18 anos

Após 10 horas de julgamento, na quarta-feira (13), os três rapazes acusados de matar o estudante Robert Santana Pereira, 19, a machadadas, carbonizar o corpo e escondê-lo num tambor, foram condenados a 18 anos de prisão, cada um. O crime ocorreu em 2009, no bairro Pedra 90, em Cuiabá.

O chapeiro Francisco Lima de Arruda, 20, que detalhou o crime, foi sentenciado a 18 anos e nove meses de prisão. Os outros acusados são: Wellington Nunes da Silva, 19 (a 18 anos), e Welington Gonçalves, 23 (a 18 anos e nove meses de reclusão).

A sentença foi proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal da Capital, Mônica Catarina Pery de Siqueira. O julgamento começou às 13h30 e terminou às 22h30 de ontem.

O crime ocorreu em novembro de 2009 e foi motivado por uma briga envolvendo drogas. Os jurados condenaram os três rapazes por homicídio triplamente qualificado - meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima –, além de ocultação de cadáver.

Como se trata de um crime recente, os três deverão cumprir dois quintos da pena – cerca de sete anos - em regime fechado. Eles estão presos há 18 meses.

Segundo o promotor criminal João Augusto Gadelha, foi uma decisão quase unânime dos jurados, uma vez que ficou claro que se tratava de uma execução envolvendo drogas.

O corpo do estudante foi localizado no 17 de novembro de 2009, numa região de chácaras, entre o Residencial Sonho Meu e a segunda etapa do bairro Pedra 90, na Capital.

Crueldade

Francisco confessou com detalhes o assassinato e confirmou que praticou o crime com a ajuda dos dois cúmplices. Ele relatou que a execução se deu por causa de drogas, mas esclareceu que não houve esquartejamento.

Após matarem Roberto a golpes de machado, eles o decapitaram, colocaram o cadáver num tambor e o carregaram num carrinho de mão até um matagal.

Segundo Francisco, o crime ocorreu na casa do seu cúmplice Welington Nunes, no dia 11 de novembro, de manhã, quando o estudante desapareceu. Disse que a vítima levou R$ 50 para comprar drogas para os quatro, mas usou a metade e levou pouco entorpecente para os colegas, o que os deixou revoltados.

A partir daí, um se armou com um machado, outro com uma faca e outro com um pedaço de ferro e começaram a matar o estudante. Francisco contou que eles cortaram a cabeça do rapaz e que o tronco ficou separado porque atearam fogo no cadáver.