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Nacional
Quinta - 14 de Abril de 2011 às 17:12

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Cerca de dez representantes dos motoristas e cobradores de ônibus circulares de São Paulo estão reunidos, na tarde desta quinta-feira, com funcionários da SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo), no pátio da empresa, na região central da cidade, para tentar pôr fim ao protesto que começou por volta das 8h30. Até as 16h, ao menos três terminais de ônibus estavam bloqueados

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, que representa a categoria, fala em cinco terminais fechados --Vila Nova Cachoeirinha, Pirituba, Santana e Casa Verde, na zona norte, e Lapa, na zona oeste. Já a SPTrans não confirmou o bloqueio dos terminais Pirituba e Casa Verde.

A reunião acontece a portas fechadas. Enquanto não terminar, segundo Antonio Tadeu Vieira, 51, diretor do sindicato, os terminais devem continuar bloqueados, conforme decisão tirada hoje em assembleia da categoria. O bloqueio começou na Vila Nova Cachoeirinha e se espalhou "em efeito dominó", de acordo com o sindicato.

Vieira afirma que o ato começou depois de um desentendimento entre um fiscal de rua da SPTrans e um motorista socorrista --responsável por manutenção nos coletivos--, que embarcou como passageiro em um coletivo para ir ao trabalho.

Segundo o sindicalista, o fiscal quis ver o crachá do motorista, que embarcou de graça, e houve confusão. O sindicato afirma que é direito dos trabalhadores do sistema utilizar o transporte público de graça quando estão a caminho do trabalho.

O motorista que dirigia o ônibus no momento teria se manifestado a favor do colega que embarcava, segundo o sindicato, o que teria irritado o fiscal da SPTrans. Com a briga, o homem que embarcava foi levado ao 28º DP (Freguesia do Ó), onde o caso foi registrado.

O ônibus continuou, então, seu itinerário, mas acabou sendo novamente parado pela SPTrans, que lacrou o veículo e o levou ao pátio --o que gera, de acordo com o sindicato, uma multa de R$ 1.200 para o condutor.

"O que ocorreu foi desrespeito com o trabalhador e abuso de autoridade do fiscal da SPTrans", diz Vieira. Segundo ele, os manifestantes querem que o ônibus lacrado seja liberado, que não haja multas e que o condutor do veículo volte a trabalhar normalmente --condição para que todos voltem ao trabalho, diz o sindicato.

A SPTrans ainda não informou que providências vai tomar.






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