O Brasil é agora o principal contribuinte das vendas do Grupo Carrefour, maior varejista europeu, após a França, afirmou o vice-presidente financeiro da companhia, Pierre Bouchut. O Carrefour correspondeu às expectativas do mercado com crescimento de 4% nas vendas do primeiro trimestre e manteve suas metas para 2011, com forte crescimento no Brasil e na China compensando a fraqueza na demanda na Europa.
O grupo francês também afirmou nesta quinta-feira que vê bom crescimento nas vendas com seu novo formato de hipermercado, o Carrefour Planet, principal ingrediente de um plano de mudanças focado em enfrentar anos de performance abaixo das expectativas nos seus principais mercados, no oeste da Europa. "Novas economias continuaram a motivar as vendas, enquanto o ambiente de negócios na Europa foi desafiador devido às altas taxas de desemprego e medidas de austeridade", disse Bouchut a analistas.
As vendas totais no primeiro trimestre alcançaram 24,7 bilhões de euros (US$ 35,6 bilhões), em linha com a previsão média de uma pesquisa da Reuters com 12 analistas. O crescimento de 12,2% nas vendas em mercados emergentes compensou uma queda de 4,7% no oeste da Europa.
Varejistas internacionais estão se apoiando cada vez mais em mercados como China e Brasil para o crescimento, pois consumidores de países mais desenvolvidos enfrentam medidas de austeridade, já que os governos estão tentando reduzir suas dívidas.
O forte crescimento no Brasil e na Tailândia ajudou o rival francês Casino a superar suas previsões de vendas para o primeiro trimestre, segundo resultados divulgados na terça-feira. A britânica Tesco, segunda maior varejista da Europa, deve reportar resultados anuais em 19 de abril. Também nesta quinta-feira, o Carrefour e o Itaú Unibanco anunciaram acordo para aquisição pelo banco brasileiro de 49% do Banco Carrefour no Brasil por R$ 725 milhões.
Ações do Carrefour encerraram o pregão com desvalorização de 1,3%, em 31,035 euros, o que dá a companhia valor de mercado de ao menos 21 bilhões de euros.
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