O Governo, liderado pelo partido conservador VMRO-DPMNE, propõe realizar as novas eleições no dia 5 de junho.
Os 79 deputados da coalizão governista - composta pelo VMRO-DPMNE e pelo partido da minoria albanesa BDI - deram sinal verde à dissolução da Assembleia (unicameral), sem contar com o aval dos cinco partidos de oposição, que se abstiveram da votação.
A crise política se agravou na Macedônia neste ano, quando o partido opositor SDSM iniciou um boicote no Parlamento no final de janeiro passado, qualificando o Governo de autoritário e pouco democrático.
A oposição acusa o primeiro-ministro, Nikola Gruevski, de estar por trás de uma decisão judicial para bloquear contas bancárias de quatro empresas jornalísticas críticas ao Executivo.
Além disso, o Governo está sob pressão por não conseguir desbloquear o processo de adesão da Macedônia na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Essa ex-república iugoslava trava há quase duas décadas um litígio com a vizinha Grécia por causa da nomenclatura Macedônia, que o Governo de Atenas reivindica para uma das províncias do norte grego.
No Parlamento dissolvido nesta quinta-feira, o VMRO-DPMNE contava com 63 das 120 cadeiras parlamentares, enquanto o SDSM possuía 18.
De acordo com as últimas pesquisas, o partido do primeiro-ministro Gruevski continua sendo com folga o mais popular do país.
Segundo uma nova lei, o próximo Parlamento terá 123 deputados. Essas três novas cadeiras serão escolhidas por membros das comunidades macedônias na Europa, América e Austrália.
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