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Internacional
Quinta - 14 de Abril de 2011 às 10:22

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Obama disse que sua proposta não afetará previdência e saúde
Obama disse que sua proposta não afetará previdência e saúde

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs nesta quarta-feira um pacote de aumento de impostos e corte de gastos para reduzir o deficit orçamentário do país em US$ 4 trilhões até 2023.

Em discurso em Washington, Obama defendeu a proposta, que se baseia na redução de gastos na área da defesa e no aumento de impostos para os mais ricos.

“Temos que viver com os nossos recursos, reduzir nosso deficit e voltar a um caminho que nos permitirá pagar nossa dívida”, disse o presidente.

“E temos que fazê-lo de uma forma que proteja a recuperação (econômica), e proteja os investimentos de que precisamos para crescer, criar empregos e ganhar o futuro.”

Antes, ao serem informados do teor da proposta, líderes parlamentares do Partido Republicano, de oposição, se manifestaram contra qualquer aumento de impostos.

Previdência e saúde

Segundo analistas, o crescente deficit americano será uma questão central na campanha para as eleições presidenciais de 2012. Há previsões de que ele alcance US$ 1,5 trilhão neste ano, e tanto democratas quanto republicanos disseram que cortar gastos é uma prioridade.

Obama ressaltou que os que está propondo cortes não devem prejudicar a rede americana de proteção social, como o sistema de previdência e programas de saúde para os pobres e mais velhos.

“Não seríamos um grande país sem esses compromissos”, afirmou. “Por boa parte do último século, nossa nação encontrou um jeito de arcar com esses investimentos e prioridades com os impostos pagos por seus cidadãos.”

Republicanos fizeram uma proposta ainda mais abrangente que a de Obama, com cortes de US$ 6,2 trilhões em gastos governamentais na próxima década. Os cortes se concentrariam em programas governamentais que atendem pobres e idosos.

Pela proposta, anunciada pelo congressista Paul Ryan, os impostos para americanos ricos seriam drasticamente reduzidos.

Em resposta aos planos republicanos, Obama disse: “Essa não é a visão da América que eu conheço.”

“Não há nada sério sobre um plano que defende reduzir o deficit ao promover US$ 1 trilhão em cortes de impostos para milionários e bilionários.”

Mas líderes republicanos, que souberam dos planos de Obama na manhã de terça-feira, rejeitaram sua ideia de aumentar impostos sobre americanos ricos.

A Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) deve votar a proposta republicana na sexta-feira.

“Não acreditamos que a falta de receitas seja o problema, então não vamos discutir aumentar impostos”, disse o líder republicano no Senado Mitch McConnell.

Orçamento

Impulsionados pelo Tea Party, movimento conservador e contrário a aumentos de impostos, os republicanos tiveram uma série de vitórias políticas recentes.

Para evitar a paralisação do governo devido a um impasse sobre o orçamento, o governo se viu obrigado a cortar US$ 38,5 bilhões em gastos previstos para o resto do atual ano fiscal.

Segundo analistas, Obama espera tomar dos republicanos a dianteira na questão orçamentária à medida que a campanha presidencial começe a esquentar.

A expectativa é de que o debate sobre o orçamento para o próximo ano fiscal, que se inicia em 1º de outubro, se intensifique já.






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