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Quarta - 13 de Abril de 2011 às 22:21

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Nos mais de 20 livros que Monteiro Lobato escreveu para crianças, a turma do Sítio do Picapau Amarelo viveu aventuras de todos os tipos. Até na lua já foram parar!

Quem marca o início dessa história toda é "Reinações de Narizinho", que em 2011 completa 80 anos de publicação. Ele reúne o primeiro livro de Monteiro Lobato para crianças -"A Menina do Narizinho Arrebitado", publicado em 1920- e outras histórias do autor.

Em seguida veio "O Saci" (1921). Nessa obra, você conhece o sítio da Dona Benta, os principais personagens, e ainda aprende várias lendas do nosso folclore. Quem conta sobre elas é o Saci, que Pedrinho captura em meio a uma caçada. E a Cuca, é claro, não fica de fora dessa história.

Contos do nosso folclore também aparecem em "Histórias de Tia Nastácia" (1937). A personagem conta várias fábulas -histórias em que os bichos ganham jeitão de gente-, como O Macaco e o Aluá.

Personagens famosos ganharam versões bem brasileiras na obra de Lobato, como quando Dona Benta conta para os netos --e leitores- a história de "Peter Pan" (1930) ou de "Dom Quixote das Crianças" (1936). Em "O Picapau Amarelo" (1939), a confusão é ainda maior. Todos os personagens das fábulas resolvem aparecer no Sítio. Vêm Cinderela, Branca de Neve, Dom Quixote, Chapeuzinho Vermelho... No meio de uma festa, Tia Nastácia é sequestrada!

Nesse livro dá para ver como as obras do Sítio têm uma continuidade, como se fossem uma novelinha. O dinheiro que ganharam na obra "O Poço do Visconde" (1937) é aproveitado nesta história. E na obra seguinte, "O Minotauro" (1941), explica-se como Tia Nastácia foi resgatada do sequestro.

De um jeito divertido, dá para aprender um tantão lendo as obras de Monteiro Lobato. Até a nossa língua virou personagem principal em sua obra. Em "Emília no País da Gramática" (1934), a turma viaja para o país da Gramática. Os moradores são verbos, substantivos, sílabas e outros.

O português não foi a única disciplina a inspirar Lobato. A matemática é a estrela de "Aritmética da Emília" (1935). Nesse mesmo ano, "Geografia de Dona Benta" levou os personagens a passear pelo mundo em um barco. "O Poço do Visconde" fala sobre geologia. E física e astronomia aparecem em "Serões de Dona Benta" (1937), que explica sobre água, matéria, ventos e tempestades de um jeito descomplicado.

A mitologia também foi um tema bastante explorado. Ela aparece em livros como "O Minotauro" e "Os Doze Trabalhos de Hércules" (1944). Nesse último, a turma do Sítio tem um papel pra lá de importante: ajudar o herói a realizar suas 12 tarefas.

Lobato gostava de misturar realidade e invenção. No livro "A Reforma da Natureza" (1939), por exemplo, os personagens do Sítio são convidados a participar da Conferência da Paz de 1945. Em "A Chave do Tamanho" (1942), Lobato fala sobre os horrores da guerra. E em "As Aventuras de Hans Staden" (1927), Dona Benta conta um episódio da história do Brasil - quando o aventureiro europeu Hans Staden veio ao nosso país e foi preso por índios tupinambás!

Uma das personagens preferidas dos leitores de Lobato, Emília, ganhou um livro com suas lembranças. As "Memórias de Emília" (1936) são contadas pela personagem, que tem muitas caraminholas na cabeça. Por isso, a obra é cheia de lembranças inventadas!






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