Acusados de matarem e degolarem trabalhador braçal podem pegar de 12 a 30 anos de prisão cada
3 acusados enfrentam júri popular
Robert foi morto porque quebrou o "código de honra" dos usuários de droga, usando a droga que deveria ser consumida pelo grupo. Serão julgados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver Francisco Lima de Arruda, 21, Wellington Gonçalves, 24, o "Sapão", e Wellington Nunes Silva, 20, o "Welitinho".
De acordo com o promotor João Augusto Veras Gadelha, que atua na 1º Promotoria Criminal, não há dúvidas que o crime praticado por motivo fútil está ligado unicamente ao uso de drogas. Tanto a vítima como os 3 acusados estavam reunidos desde o dia anterior, na casa de "Sapão", para fazer uso de entorpecentes. Por volta das 19 horas, deram a Robert a missão de sair para comprar uma caixa de pasta-base de cocaína, com o dinheiro que o grupo havia levantado limpando um terreno.
A vítima saiu com R$ 50 no bolso, mas não voltou em seguida. Chegou na casa pela manhã, com uma porção mínima da droga e aparentando sinais de estar sob o efeito de entorpecentes. O fato de ter passado os companheiros para trás despertou a fúria do grupo.
Robert foi atingido primeiramente no abdome por uma faca de cozinha. Um dos acusados pegou um machado e atingiu a cabeça da vítima com a parte de trás da ferramenta, fazendo com que desmaiasse.
Em seguida, usando a lâmina do machado, deram o golpe que decapitou a vítima. Os próprios réus confessaram que uma pequena pele manteve a cabeça ligada ao corpo. Em seguida, usando um edredom, enrolaram o corpo e colocaram num tambor, ateando fogo.
Mais tarde, usando um carrinho de mão, levaram o tambor com o corpo já queimado para uma região de mata, situada ao final do bairro.
O corpo foi localizado na mata uma semana após o crime. Moradores confirmaram que haviam visto os acusados circulando naturalmente pelas ruas do bairro, com o carrinho até o local onde o corpo foi abandonado.
Os 3 acusados que foram presos logo após a descoberta do corpo serão julgados na mesma sessão do tribunal do júri e podem ser condenados a penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão, informa Gadelha.
O promotor assegura que não tem dúvida da participação dos 3 na execução, confessada durante a fase do inquérito policial. Em juízo, o trio passou a negar a autoria, com cada um atribuindo o crime ao outro.
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