Dólar avança 0,75% e atinge R$ 1,59 no fechamento
A taxa de câmbio doméstica teve a sua mais forte alta desde a primeira quinzena de janeiro, numa sessão com um volume financeiro fraco (abaixo de US$ 3 bilhões), e num ambiente de maior aversão ao risco na praça financeira mundial.
O dólar comercial, após oscilar entre R$ 1,577, pela manhã, e R$ 1,592, no início da tarde, foi negociado por R$ 1,593 nas últimas operações desta terça-feira, em um acréscimo de 0,75% sobre o fechamento de ontem.
O dólar turismo foi vendido por R$ 1,700 e comprado por R$ 1,540 nas casas de câmbio paulistas.
"Nós vimos um giro muito baixo hoje no mercado, que ficou por conta, basicamente, do Banco Central. Ele entrou por volta do meio dia e comprou por R$ 1,586, acima do que o mercado estava pagando, e voltou de novo às 16h, quando comprou por R$ 1,5892. E se ele não tivesse entrado hoje, acho que a taxa teria caído ainda mais", comenta Vanderlei Muniz, sócio-diretor da corretora gaúcha Onnix. "E acho que ele [o BC] vai ter que tomar medidas mais drásticas, porque ainda tem muita entrada de capital por aí", acrescenta.
As Bolsas de Valores têm um dia de fortes perdas --com as notícias preocupantes sobre o risco nuclear em Fukushima --, a exemplo da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que amarga queda de 1,97%, aos 66.830 pontos, e giro financeiro de R$ 5,8 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1%.
Entre as notícias de destaque do dia, o IBGE apontou a primeira retração nas vendas do comércio varejista após nove meses de crescimento. O instituto contabilizou um decréscimo de 0,4% nas vendas em fevereiro ante janeiro. Na comparação com o mesmo mês no ano passado, houve alta de 8,2%.
No mercado futuro de juros, os contratos mais negociados apontaram taxas um pouco menores, na sequência das altas mais pronunciadas de ontem.
Entre os contratos de prazo mais curto, a exemplo de julho, a taxa prevista foi mantida em 12,02%; para janeiro de 2012, a taxa projetada caiu de 12,32% para 12,27%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista cedeu de 12,78% para 12,71%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
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