Criança morre em casa, 1 dia após atendimento médico

O bebê de cinco meses, J.H.S., é a segunda criança que morre em Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá) em uma semana, após receber atendimento no Pronto Atendimento Infantil (PA). O menino foi atendido no sábado com sintomas de uma febre e medicado com dipirona pelo médico plantonista, que não viu motivo para internar a criança e a liberou para ir embora. Na manhã do domingo (10), apareceu morto. A morte do garoto ocorre 6 dias após a pequena J.M.B.M., de 2 meses e 27 dias, que também passou pelo PA, mas morreu por falta de vaga em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) infantil da Cidade.

Conforme o Gazeta Digital apurou junto ao Instituto Médico Legal (IML) de Rondonópolis, a declaração de óbito já foi entregue para a família, mas o médico Cilio Cézar da Silva entregará o resultado assinado por ele, na próxima quarta-feira (13) ao delegado Sebastião Lopes, da Polícia Civil, que já solicitou os documentos para investigar o caso.

Secretário de Saúde do município, Vadecir Feltrin relatou que o bebê chegou ao PA apresentando um quadro febril, recebeu o medicamento e foi liberado, pois não havia conforme o médico que o atendeu, necessidade de internação. Ele diz ainda que inicialmente, de acordo com os médicos, não é cogitada uma alergia ao medicamento, o que em tese, costuma ocorrer cerca de 5 minutos depois. Porém, perguntado se é possível que essa hipótese seja investigada, ele não a descarta. Disse apenas que está acompanhando o caso, mas ainda não recebeu nenhum laudo do IML. Questionado pelo Gazeta Digital, se no decorrer das investigações ficar confirmado que o bebê tinha outra doença que não foi identificada e atendida a tempo, Feltrin disse que tomará as medidas necessárias, através de uma sindicância.

A princípio, familiares da criança não acusam a saúde municipal e nem o médico pela morte do bebê, apenas querem saber a causa que ainda é desconhecida. Conforme a TV Record de Rondonópolis, que conversou com parentes do menino J.H.S, são pessoas humildes e dizem que foram bem atendidas no Pronto Atendimento. Entretanto, 1 dia depois a criança morreu sem explicação.

Outro Caso: Na segunda-feira passada (04) a bebê J.M.B.M., de 2 meses e 27 dias, morreu em Rondonópolis por falta de vaga em UTI infantil. A criança deu entrada no Pronto-Atendimento (PA) da cidade com insuficiência respiratória na madrugada, por volta das 2h, e foi a óbito 6 horas depois. O Ministério Público chegou a conseguir liminar de internação, mas já era tarde.

Foto: Varlei Cordova/ Agora MT - Familiares e vizinhos na casa de J.H.S