Senai-MT e Votorantim Cimentos qualificam trabalhadores na área da construção
Os 155 alunos selecionados pela Votorantim Cimentos para participar do Programa Futuro em Nossas Mãos já começaram a qualificar-se para o mercado da construção. A ação é realizada em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) e contempla os cursos de eletricista montador industrial, mecânico montador industrial, pedreiro e soldagem industrial. As aulas estão sendo ministradas na Escola Senai da Construção, sendo a maioria estudantes dos distritos da Guia e do Aguaçu. Entre eles está Benedito Lima, 63 anos, eletricista autônomo. Ele conta que decidiu buscar mais qualificação para preparar-se ao mercado, com foco agora na profissão de eletricista montador industrial. "A gente não pode parar, né? Se não, fica fora. O corpo pede para trabalhar. Esta é uma oportunidade de me aperfeiçoar e espero conseguir um emprego na fábrica da Votorantim", conta o idoso.
A coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educação Inicial e Continuada (Uede) do Senai-MT, Silvânia Hollanda, ressalta que, quando a iniciativa privada soma esforços com instituições de ensino profissionalizante para qualificar mão de obra local, cria-se sim uma grande expectativa na população pela possibilidade de inserção no mercado. Neste sentido, destaca que o Senai-MT considera imprescindível estabelecer parcerias, como a firmada com a Votorantim Cimentos, visando à preparação de trabalhadores para o mercado. "Sempre existe uma perspectiva de contratação, mas isso dependerá do desempenho do aluno e do perfil que as empresas procuram. De qualquer forma, mais importante é a oportunidade de qualificar-se para elevar as chances de empregabilidade do candidato", comenta.
A expectativa de emprego também motiva Nélio Pinho da Cruz, 34 anos, a mudar de profissão. Ele é técnico agrícola e conta que decidiu fazer o curso na área de construção porque percebe as perspectivas de crescimento da indústria da construção em Mato Grosso. "Está mais vantajoso. Tenho família e quero estabilidade, um emprego com carteira assinada. A Votorantim tem credibilidade e há chances de crescer na empresa. Por isso espero ter um bom rendimento no curso e conseguir trabalhar na fábrica", revela.
Para a Votorantim Cimentos, o objetivo é absorver os profissionais que se formarão nestes cursos. De acordo com o gerente geral de projetos da empresa, Zeno Del Carlo, a qualificação integra o Programa Futuro em Nossas Mãos, que prepara pessoas para o mercado de trabalho da construção civil. E lembra que a intenção da empresa é contratar estes trabalhadores para atuar na unidade fabril que está sendo instalada em Cuiabá. "O Programa existe desde 2003 e já formou mais de oito mil pessoas em todas as regiões do país. A Votorantim Cimentos acredita que é corresponsável pelo desenvolvimento sustentável das localidades em que atua, por isso sempre desenvolve programas socioambientais com foco na geração de oportunidades e inclusão da população local no mercado de trabalho", afirma.
Renato Pedroso é administrador do Distrito de Aguaçu e conta que a comunidade está muito ansiosa com a chegada da empresa. "Este é um momento histórico para o Distrito de Aguaçu. A Votorantim Cimentos está de parabéns pelo pioneirismo e desejo muita sorte aos alunos, para que consigam seguir na profissão que conquistam por meio do Senai-MT". O Distrito de Aguaçu tem 1800 habitantes e possui dois anos.
FÁBRICA - Com capacidade para produzir cerca de 1,2 milhão de tonelada de cimento por ano, a nova unidade irá dobrar a capacidade de fornecimento de cimento para a região do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Atualmente a empresa conta com uma unidade em Nobres que produz cerca de 1,3 milhão de tonelada de cimento por ano. A nova fábrica faz parte do plano de expansão da Votorantim Cimentos que consolida o maior investimento na história da empresa: são R$ 5 bilhões em 22 novas unidades, no período de 2007 a 2013. Ao final de 2013, a empresa terá 35 fábricas de cimento no país, com destacada atuação em todas as regiões, atendendo assim à crescente demanda, descentralização e interiorização do consumo de cimento no país.
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