Após bater a mínima em dois anos e meio na sexta-feira, o dólar fechou a segunda-feira com alta. Segundo dados preliminares, a moeda americana encerrou a sessão cotara a R$ 1,581, valorização de 0,44% ante ao real.
"A princípio parece ser uma realização de lucros pontual. Acho que é difícil dizer que há uma reversão de tendência", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.
A entrada de capitais no País em 2011 já superou US$ 35,227 bilhões, mais do que todo o fluxo cambial registrado em 2010. Boa parte do fluxo positivo é oriundo de investimentos estrangeiros diretos, que devem somar US$ 55 bilhões neste ano, segundo o Banco Central.
O mercado também aumentou a discussão sobre a alta do cupom cambial - taxa de juros locais denominadas em dólares. A taxa tem subido de forma expressiva desde que o governo intensificou as restrições sobre o crédito externo, com a cobrança de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de empréstimos no exterior com prazo até dois anos.
Num primeiro momento, a reação de analistas foi minimizar as medidas. Mas para alguns operadores, elas são responsáveis pela alta do cupom que, no final, acaba encarecendo as operações de arbitragem com taxas de juros.
"A verdade é que há uma falta de "spot" (dólar à vista) no mercado", disse Benny Rubinsztejn, operador da CM Capital Markets. "O IOF ficou mais caro, (o BC) limitou a posição vendida dos bancos... Vai diminuindo o "carry"", completou.
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