Relatório sobre espionagem da Renault provoca saída de diretor
O resultado de duas auditorias na Renault mundial levaram o diretor de operações da empresa, Patrick Pelata, a desistir do cargo. O anúncio foi feito hoje pela montadora após uma reunião do conselho sobre o caso de suspeita de espionagem na empresa que terminou com a demissão de três executivos. Investigações indicaram que não houve espionagem.
Pelata, número dois no comando da companhia, continuará no cargo até deixar a Renault. Ele recebeu a oferta para permanecer no grupo Renault-Nissan após encerrar as funções como diretor de operações.
O brasileiro Carlos Ghosn, presidente da empresa, afirmou no comunicado que as "habilidades do executivo são valiosas para a empresa." Em março, quando a fraude no caso de espionagem foi descoberta, Ghosn rejeitou um pedido de demissão do diretor.
Três funcionários da área de segurança interna serão demitidos. A montadora também informou que o conselho aprovou a versão final das negociações de recompensa aos três executivos demitidos no caso.
A empresa dispensou os três funcionários em janeiro deste ano com a justificativa de um conflito ético. Na época, a montadora classificou a denúncia de espionagem como assunto "muito grave", que ameaçava estratégias da empresa e que necessitava de ações preventivas.
A suspeita envolvia projetos com carros elétricos e uma possível atuação de empresas chinesas. Em março, uma investigação da Direção Central de Investigações da França indicou que o caso era uma fraude organizada por funcionários da Renault.
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