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Policia MT
Segunda - 11 de Abril de 2011 às 12:27

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Delegados disseram que policiais ajudavam quadrilha com informações sobre a vigilância da própria PM
Delegados disseram que policiais ajudavam quadrilha com informações sobre a vigilância da própria PM
A Polícia Federal não descarta a hipótese de os dois policiais militares – os soldados Élson Luiz da Silva, 29, e Everton Nobre da Silva, 28, - terem fornecido armas para a quadrilha chefiada pelos irmãos Machados para a prática de todos os assaltos. Até agora, foi comprovado o aluguel de armas para integrantes da quadrilha em roubos a dois caixas-eletrônicos: um localizado no edifício Milão e outro no supermercado Comper de Várzea Grande, ocorrido no início deste ano.

A PF, que deflagrou na última semana a Operação Balista, investiga também a participação da quadrilha em ataques a mais caixas-eletrônicos na Capital. Dias antes da prisão dos envolvidos por agentes federais, dois caixas do Banco do Brasil instalados no Palácio Paiaguás foram arrombados e os bandidos levaram cerca de R$ 400 mil.

Segundo o delegado federal Fernando Salomão, os indícios do fornecimento de armas são “fortes”, uma vez que o bando tem comprovadamente a participação em outros três roubos – num posto de combustível no dia 16 de fevereiro, quando renderam o vigia e arrombaram o cofre; no roubo de medicamentos e, também no sequestro de um motorista para roubar um caminhão em março deste ano na Rodovia dos Imigrantes.

“Eles (os dois militares) vendiam segurança – quando ocorriam os arrombamentos de caixas-eletrônicos, ficavam monitorando a própria polícia informando os cúmplices. Os dois roubos ocorreram de madrugada, horário considerado mais tranquilo. E também fornecia armas”, explicou o delegado.

No dia 24 de fevereiro, quatro homens armados com revólveres invadiram o prédio do Comper supermercados, em Várzea Grande, onde renderam seis funcionários. Em seguida, cortaram o caixa-eletrônico do Banco do Brasil levando cerca de R$ 200 mil que estavam nas gavetas. Do chamado "kit arrombamento" - maçarico, cilindro de oxigênio e botijão de gás -, deixaram no local apenas o botijão.

Por cerca de meia hora - tempo considerado recorde - os ladrões cortaram a lateral esquerda do caixa e tiveram acesso às gavetas com o dinheiro. Usaram refrigerantes para resfriar o maçarico que não foi deixado no local.

O outro assalto a caixa-eletrônico ocorreu no dia 15 de março no edifício Milão, onde três bandidos arrombaram o caixa do banco Santander e levaram todo o dinheiro - cerca de R$ 40 mil, uma vez que a instituição financeira abastece seus caixas de autoatendimento com pouco dinheiro, justamente para inibir os roubos.






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