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Internacional
Domingo - 10 de Abril de 2011 às 23:11

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Israel e o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, indicaram neste domingo que estão de acordo em pôr fim ao confronto que escalou nos últimos dias, o mais violento desde 2009, sob a condição de que cada lado respeite uma trégua.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse neste domingo que seu país está disposto a "deter os disparos" contra grupos armados palestinos que atuam em Gaza, se também eles pararem de atacar.

Barak é a primeira autoridade israelense a mencionar um cessar-fogo desde o início da escalada de represálias, que começou na última quinta-feira (8) depois que um míssil palestino atingiu um ônibus escolar em Israel, ferindo gravemente um adolescente.

Israel respondeu com ataques aéreos e bombardeios de artilharia, que mataram 18 palestinos e feriram cerca de 70, segundo fontes médicas. Entre os mortos há vários militantes dos movimentos radicais armados palestinos.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, ameaçou ordenar ataques "muito mais duros" se os disparos de Gaza continuarem a atingir o sul de Israel.

"Se os ataques criminosos contra militares e civis israelenses continuarem, a reação de Israel será muito mais dura", advertiu o premier, ao abrir neste domingo sua reunião do conselho de ministros.

Já Moshé Yaalon, ministro de Assuntos Estratégicos, disse à rádio militar este domingo que "espera que o Hamas tenha aprendido a lição e compreendido o preço alto que precisa pagar" por atacar Israel. No sábado, o líder do braço militar do Hamas Taysir Abu Sneimah foi morto em um dos ataques israelenses a Gaza.

O Hamas, que chegou a decretar o estado de emergência no enclave palestino, declarou neste domingo - pela terceira vez desde o final de março - que está "disposto a uma trégua", sob a condição de que Israel suspenda "sua agressão", de acordo com um porta-voz do movimento islâmico.

"Nossa mensagem para o ocupante é que responderemos com uma trégua a qualquer trégua" decidida por Israel, indicou à AFP Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas.

O Hamas, por outro lado, anunciou ter detido nos últimos dias vários colaboradores de Israel, sem informar seu número ou as acusações que pesam contra eles, e alertou que perseguirá todos os "traidores" que trabalhem em prol do Estado judaico.

Apesar de tantas promessas de trégua, foguetes e obuses palestinos voltaram a cair em Israel na manhã deste domingo, sem provocar vítimas, segundo um comunicado do exército israelense.

No sábado, cerca de 50 projéteis foram lançados de Gaza contra o território israelense; desde quinta-feira, este número já passa de 120.

O exército, entretanto, está satisfeito com o desempenho do novo sistema de defesa antimísseis israelense, que nas últimas 48 horas interceptou 48 foguetes Grad, de até 50 quilômetros de alcance.

Neste domingo, a Liga Árabe anunciou que pedirá ao Conselho de Segurança da ONU o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Faixa de Gaza, para impedir os ataques aéreos israelenses.

"Encarregamos um grupo árabe na ONU de convocar uma reunião do Conselho de Segurança para pedir a imposição de uma zona de exclusão aérea para a aviação israelense sobre Gaza", indicou o chefe da organização, Amr Musa, após uma reunião da Liga Árabe no Cairo.






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