Governo cria programas para repatriar profissionais brasileiros
A falta de mão de obra qualificada faz o governo incentivar a repatriação de talentos que estão no exterior.
Neste ano, duas iniciativas devem ser implantadas. Uma é do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), que criou em março a Comissão do Futuro para discutir a volta de cientistas brasileiros.
No mesmo caminho, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) elabora projeto para atrair pesquisadores, que deve ter início no segundo semestre deste ano.
"Com a crise na Europa, é hora de trazer cientistas para o mercado", afirma o diretor do CNPq Manoel Barral.
O índice de bolsistas da instituição que não voltam do exterior é de 5%, similar ao da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
"Se não retornar ao país, deve ressarcir o dinheiro público investido", diz a diretora interina da Capes Denise Neddermeyer. O pós-doutorado, por exemplo, custa US$ 2.100 (R$ 3.297) por mês.
Para auxiliar repatriados que estão desempregados, o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) criou neste ano um núcleo que distribui currículos para empresas.
Companhias também garimpam profissionais como a psicóloga Rute Lewaschiw, 23. Ao concluir pós-graduação na Austrália em 2010, recebeu sete propostas.
"Estar no exterior foi o diferencial porque convivi com a diversidade", diz ela, que trabalha na GM no Brasil.
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