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Internacional
Domingo - 10 de Abril de 2011 às 19:37

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O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, viajará nesta segunda-feira à China para tentar abrir novos mercados às empresas espanholas e atrair investimentos na segunda potência econômica, uma das principais compradoras de dívida soberana espanhola nos últimos meses.

Zapatero começará sua agenda logo após aterrissar na capital chinesa com o primeiro-ministro, Wen Jiabao.

Como fez em setembro em Nova York, onde se reuniu com os principais investidores institucionais americanos, o chefe do Executivo terá encontros na China e Cingapura com fundos de investimento, bancos e autoridades econômicas para defender a fortaleza da economia espanhola e suas reformas e expor as possibilidades de investimento no país.

O Executivo espanhol reconhece o interesse chinês pela dívida espanhola ao longo de toda esta crise - calcula que pode ter em suas mãos 12% dos bônus emitidos - e não descarta atrair a atenção do gigante asiático para os setores como as caixas econômicas.

Fontes do governo destacaram, além disso, o enorme deficit comercial existente com a China e o interesse da Espanha em aumentar a presença empresarial no país.

Após os encontros em Pequim, Zapatero visitará pela primeira vez Cingapura e irá à ilha chinesa de Hainan, onde foi convidado a participar do Fórum Boao e se reunirá com o presidente da China, Hu Jintao.

Nesse seminário econômico, criado para igualar na Ásia o Fórum de Davos, Zapatero vai se encontrar com os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev; do Brasil, Dilma Rousseff, e África do Sul, Jacob Zuma; e com os primeiros-ministros de Índia, Manmohan Singh, e Coreia do Sul, Kim Hwang-sik.

À margem do interesse econômico, o Governo espanhol espera analisar com as autoridades chinesas a evolução da intervenção internacional na Líbia, uma operação à qual deu sinal verde o Conselho de Segurança da ONU após abster-se China, da mesma forma que Brasil, Índia, Alemanha e Rússia.

As fontes do governo garantem que Zapatero colocará diante do governo chinês o problema dos direitos humanos e a necessidade de retomar o diálogo aberto com a UE sobre esta questão, já que a última reunião se celebrou durante a presidência espanhola da UE (União Europeia).

Zapatero chegará a Pequim com um novo caso na mesa que suscitou a condenação internacional, a detenção do artista e ativista chinês Ai Weiwei.

Como apontaram fontes do Executivo, a Europa deve falar com uma só voz para China e é preciso esperar que a alta representante da UE, Catherine Ashton, desenhe uma posição comum perante este caso.





Fonte: EFE

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