Novo combate no reduto líbio de Ajdabiya deixa 21 mortos
Ao menos 21 combatentes, 10 rebeldes e 11 leais ao ditador Muammar Gaddafi - entre estes um argelino -, morreram em confrontos na estratégica cidade oriental líbia de Ajdabiya, informou neste domingo à agência Efe Ahmed Inasi, um dos poucos médicos do hospital cidade.
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou na noite deste sábado que vinha bombardeando, nas últimas 24 horas, os depósitos de munição e armas pesadas das forças leais ao ditador líbio.
A aviação da Aliança Atlântica investiu a leste de Trípoli contra arsenais usados para reabastecimento e o bombardeio de civis na cidade de Misrata, informou o quartel-general da Aliança para operações na Líbia, instalado em Roma.
Misrata, uma cidade de 500.000 habitantes, fica a 200 quilômetros a leste da capital líbia.
Em comunicado, o general Charles Bouchard, comandante das operações, acrescentou que a Otan também "destruiu um número importante" de tanques que eram usados "em ataques indiscriminados a Misrata".
O general Bouchard advertiu que "as forças do regime [de Gaddafi] devem compreender que, se continuarem a seguir suas ordens de atacar sua própria população, serão tomadas como alvo", como estipula a resolução 1973 da ONU relacionada à proteção da população civil.
Esta missão vem tornando mais e mais difícil a tática das forças do coronel Gaddafi de usar mulheres e crianças como escudos humanos, segundo o general.
"Observamos exemplos horríveis, com as forças do regime colocando deliberadamente seus sistemas de armamento perto de civis, em suas casas e até nos locais de culto", afirmou.
"Depois constatamos que eram escondidos atrás de mulheres e crianças, um gênero de comportamento que viola os princípios das leis internacionais e que não será tolerado", declarou o general Bouchard.
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