Manisfestantes desafiam Exército egípcio e continuam em praça
Mais de mil manifestantes ignoraram a ordem do Exército para deixar a praça Tahrir, no Cairo, neste domingo, estendendo pelo terceiro dia seus protestos por uma mudança rápida para um governo civil e punições para oficiais corruptos.
Os manifestantes gritaram "revolução" e brandiram um retrato do marechal Mohamed Hussein Tantawi, que lidera o conselho militar que hoje governa o Egito, após a queda do presidente Hosni Mubarak.
" O que queremos é um conselho civil", dizia uma faixa dos manifestantes.
O Exército do Egito reprimiu ontem com violência manifestantes que pressionam o governo militar instalado desde a saída do ditador Hosni Mubarak do poder, em fevereiro, por reformas.
O protesto que reuniu milhares de pessoas na praça Tahrir, no Cairo, epicentro do levante que depôs Mubarak, resultou em pelo menos um morto e 71 feridos, disse o governo. Antes, porém, a TV estatal falara em duas vítimas.
A tensão evidencia a crescente insatisfação popular com as decisões ou a falta delas do atual governo egípcio, um conselho formado por militares de alta patente.
Boa parte da irritação popular está voltada contra o general Mohamed Hussein Tantawi, chefe da junta no poder, acusado de proteger Mubarak e seus familiares.
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