"Não era a minha hora", desabafou a aluna Renata Lima, 13 anos, baleada no massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira. A adolescente, que passou a sua primeira noite em casa após a tragédia, disse que esteve frente a frente com o atirador. As informações são do Jornal Nacional.
"Na hora em que ele me viu em pé, ele mirou a arma na minha frente. Aí eu fiquei meio assustada. Quando ele foi apertar o gatilho, não tinha mais bala dentro. Ele foi recarregar, e eu consegui correr. Quando cheguei à porta, ele me acertou", contou Renata. Até o final da noite deste sábado, 10 vítimas de Realengo permaneciam internadas - três delas em estado grave.
Atentado
Um homem matou 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.
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