Os testemunhos de pessoas que resistiram a abandonar seus lares após as explosões e vazamentos radioativos na unidade de Fukushima disseram que nos últimos dias houve um aumento do tráfego de veículos e pessoas em povoados evacuados como Namie e Futaba.
O Governo japonês estabeleceu uma zona de evacuação de 20 quilômetros ao redor da central de Fukushima Daiichi pelo temor aos efeitos de alta radioatividade na população, mas alguns moradores decidiram voltar por estradas secundárias que não são controladas pela Polícia.
"Kyodo" cita o caso de um homem de 44 anos, cuja casa fica a menos de 20 quilômetros da instável central, e que decidiu voltar, após passar quase um mês em um refúgio.
"Inclusive se quero iniciar uma nova vida, não tenho outra opção. Não disponho de dinheiro e não recebi o apoio das autoridades", lamentou.
Outros retornaram temporariamente para recolher objetos de valor ou lembranças que continuam em suas casas, já que a precipitada saída de povoados como Futaba na manhã do dia 12 de março, não lhes permitiu preparar muitas bagagens.
Aqueles que retornaram temporariamente a seus povoados indicaram que passaram posteriormente por revisões de radioatividade, que mostraram que não se expuseram a quantidades excessivas de radiação.
Os poucos que não abandonaram suas casas desde o terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março asseguram que em cidades como Minamisoma, que tem uma parte de seu território na zona de evacuação, há luz elétrica, mas não água corrente ou gás.
Nas áreas que estão entre os 20 e os 30 quilômetros de distância o Governo recomendou aos moradores que não saiam de suas casas ou deixem voluntariamente o local, já que há problemas para fazer chegar mantimentos.
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