"Com Chávez e os chanceleres da Venezuela, Nicolás Maduro, e Colômbia, María Ángela Holguín, viemos fazendo diplomacia discreta para tentar normalizar a situação de Honduras no continente para que possa se reintegrar à Organização dos Estados Americanos", disse Santos aos jornalistas.
O presidente venezuelano detalhou que Lobo, com quem se reuniu acompanhado de Santos na cidade caribenha colombiana de Cartagena, falou por telefone com Zelaya, que estava em Caracas e se reuniu na noite de sexta-feira com Maduro, para trocar "propostas de aproximação, com resultados muito positivos".
Segundo Santos, Lobo recebeu "com muitíssimo interesse e com muito boa disposição para aceitá-los alguns pedidos de Zelaya", que não foram detalhados.
A surpreendente visita a Cartagena de Lobo, cujo Governo não é reconhecido por Chávez, foi anunciada neste sábado mesmo por Santos, que esperava com ela, segundo suas próprias palavras, "dar um passo adicional rumo à solução definitiva do problema de Honduras com a OEA".
O organismo interamericano suspendeu Honduras e adotou sete recomendações que exigiam, entre outras coisas, "pôr fim" aos processos iniciados contra Zelaya durante o regime de fato posterior a sua derrocada por um golpe militar em junho de 2009.
Na América do Sul, Brasil, Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela não reconhecem o Governo de Lobo, que assumiu em janeiro de 2010, e exigem o retorno incondicional a Honduras de Zelaya, que reside na República Dominicana.
Lobo, que esteve apenas por algumas horas na Colômbia e deixou Cartagena antes que seus colegas, não deu detalhes do que foi conversado com Santos e Chávez sobre o retorno de Zelaya a Honduras e unicamente disse que se tratou o assunto e que informou ao colombiano e ao venezuelano sobre "os avanços nesse campo".
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