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Internacional
Domingo - 10 de Abril de 2011 às 12:00

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O comitê da União Africana (UA) encarregado de mediar na crise líbia se reúne neste domingo para preparar uma viagem a esse país, que segundo informaram à Agência Efe fontes diplomáticas poderia acontecer neste mesmo dia.

Os presidentes de Mali, Amadou Toumani Touré, e do Congo, Denis Sassou N""Guesso, se uniram a seu anfitrião mauritano, Mohammed Ould Abdelaziz, enquanto se espera a chegada do chefe de Estado da África do Sul, Jacob Zuma, antes que todos eles viajem para a Líbia.

Na abertura da reunião, Abdelaziz explicou que o encontro tem o objetivo de avaliar os últimos eventos no estado norte-africano, "em previsão do deslocamento com seus colegas a este país irmão para se encontrar com as partes envolvidas".

Além disso, mostrou sua confiança em que "esta negociação permita lançar um diálogo construtivo para uma solução política negociada desta crise, que garanta o cumprimento das aspirações legítimas do povo líbio à manutenção de sua unidade e a instauração de instituições democráticas confiáveis e escolhidas livremente".

O presidente mauritano advertiu também que "a consequência da espiral de violência militar e da anarquia generalizada na Líbia induzem à proliferação em grande escala de armamento incontrolado, o que constitui uma ameaça preocupante para a segurança e a estabilidade no Magrebe e no Sael".

O sul-africano Zuma e seu colega ugandense, Yoweri Mouseveni, que completam o quinteto de líderes escolhidos pela UA na missão de mediação, são representados até o momento na reunião por seus ministros de Exteriores.

 

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.





Fonte: EFE

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