Centenas de cidadãos se concentraram neste sábado em frente ao palácio presidencial de Varsóvia para exigir a verdade sobre as causas do acidente aéreo de Smolensk, no qual há um ano morreu o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, e os outros 95 ocupantes do avião presidencial polonês. Os manifestantes levavam bandeiras polonesas e retratos de João Paulo II e do sacerdote Jerzy Popieluszko, ativista da democracia assassinado nos anos 80 pelos serviços secretos comunistas.
Pouco antes, ocorreu uma concentração em frente à embaixada russa em Varsóvia, onde pediram a Moscou que entregue os documentos relativos à investigação do acidente aéreo e revele as causas da catástrofe. Em alguns cartazes era possível ler as palavras "Putin assassino", em referência ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ao que alguns grupos poloneses culpam de ser o mentor de uma conspiração contra a Polônia que culminou com a morte dos 96 ocupantes do avião presidencial.
Os manifestantes criticaram o atual chefe do governo polonês, o liberal Donald Tusk, ao que acusam de impedir o avanço das investigações para determinar as causas do acidente. Cerca de 70% de poloneses considera que ainda não se conhece toda a verdade sobre a tragédia de Smolensk, a qual neste domingo completa o primeiro aniversário. Em janeiro de 2011, o Comitê de Aviação Interestatal russo publicou o relatório definitivo sobre os resultados da investigação do acidente, onde indicava como causa da tragédia a decisão dos pilotos de aterrissar apesar das condições meteorológicas adversas, assim como a pouca preparação do voo e a insuficiente formação dos pilotos.
Em 10 de abril do passado, o avião presidencial polonês caiu no aeroporto de Smolensk (Rússia). No acidente morreram todos os 96 ocupantes, entre eles o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, e sua esposa, Maria. A delegação polonesa pretendia aterrissar em Smolensk para, a partir dali, dirigir-se ao próximo povo de Katyn, onde iria ser realizada a comemoração do 70º aniversário do assassinato de 22 mil oficiais poloneses prisioneiros nas mãos das forças especiais de Josef Stalin.
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