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Internacional
Sábado - 09 de Abril de 2011 às 21:33

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As iniciativas diplomáticas para encontrar uma saída para o conflito líbio se multiplicam, ao mesmo tempo em que arrefecem os sangrentos combates no leste do país entre tropas do ditador Muamar Kadhafi e os rebeldes que tentam derrubá-lo.

Embora Otan e Estados Unidos discordem sobre os riscos de eternizar o conflito, a União Africana (UA) e a União Europeia (UE) assumiram a iniciativa dias antes da reunião do grupo de contato sobre a Líbia, marcada para o dia 13 de abril. O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, estimou que não existe "uma solução militar" para o conflito na Líbia, e que será necessário encontrar uma solução política.

Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, Rasmussem disse que "a resposta sincera" à pergunta "é possível vencer esta guerra sem enviar tropas terrestres?" é: "não existe uma solução militar para este conflito. Precisamos de uma solução política, e cabe ao povo líbio trabalhar neste sentido". Entretanto, ponderou, "no final das contas, será responsabilidade da ONU ajudar a Líbia a encontrar uma solução política para essa crise".

"A integridade territorial da Líbia deve ser mantida a todo custo", destacou Rasmussen. Quanto à Otan, "estamos concentrados na aplicação da resolução 1973" da ONU, que ordena proteger os civis líbios, e "nos ajustaremos estritamente a esta resolução", porque "é o nosso mandato", resumiu.

Neste final de semana, um grupo de líderes africanos - o presidente sul-africano Jacob Zuma e seus pares do Congo, Mali, Mauritânia e Uganda - é esperado na Líbia. O objetivo declarado deste grupo de mediadores da UA é reunir-se com o ditador líbio Muamar Kadafi e com líderes da insurreição em Benghazi no domingo e segunda-feira, no intuito de conseguir um cessar-fogo.

Na terça-feira, os ministros europeus das Relações Exteriores também devem se encontrar com um representante do Conselho Nacional de Transição (CNT), algo inédito na história da UE como bloco. Até agora, apenas França, Qatar e Itália reconheceram oficialmente o organismo representativo dos insurgentes.

A UE também se prepara para iniciar uma missão militar e humanitária para ajudar a população de Misrata, que está sob bombardeio das forças de Kadhafi há um mês e meio. A Alemanha já havia anunciado sua disposição em participar da missão humanitária, que ainda precisa receber o aval das Nações Unidas. Os soldados de Kadhafi bombardearam neste sábado posições rebeldes no oeste de Ajdabiya, provocando um novo recuo dos insurgentes.





Fonte: AFP

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