Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 09 de Abril de 2011 às 16:07

    Imprimir


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou neste sábado o acordo alcançado entre os congressistas democratas e republicanos que evitou a paralisia do governo Federal e afirmou que ela deve ser encarada como um investimento no futuro do país.

"Este é um acordo para investir no futuro do nosso país durante a realização do maior corte nos gastos anuais da nossa história", disse Obama em seu programa semanal de rádio.

Os comentários foram feitos horas depois de congressistas chegarem a um acordo na noite de sexta-feira. O consenso só foi possível após horas de negociações, entre democratas e repúblicanos para a aprovação do orçamento federal que impediu uma paralisação nos serviços públicos do país.

Os líderes partidários concordaram com o corte de gastos de cerca de US$ 38,5 bilhões, após uma intensa disputa política e apenas uma hora antes do Obama ficou sem dinheiro para o funcionamento da administração federal.

O presidente disse que este compromisso exigido de cada um, incluindo ele próprio, em fazer concessões sobre questões consideradas importantes por ambas as partes.

"Alguns dos cortes acordados serão dolorosos. Muitas pessoas recebem auxílio de programas sociais, alguns projetos de infraestrutura terão de ser atrasados", disse o presidente.

Ele disse que não tinha feito esses cortes de gastos em melhores circunstâncias, mas observou que, na concretização deste acordo, ambas as partes deixaram de o debate sobre o deficit orçamentário foi superada pela política e por divergências em questões sociais.

"E começamos a viver dentro de nossas possibilidades é a única maneira de proteger os investimentos que ajudarão os Estados Unidos competem por novos empregos, investir na educação dos nossos filhos e empréstimos estudantis; em energia limpa e pesquisa médica para salvar vidas ", concluiu.

"Este era um debate sobre cortes no orçamento, não assuntos sociais como a saúde das mulheres e a proteção de nossa água e ar. Esses são assuntos importantes que merecem uma discussão própria, não simplesmente dentro de um debate sobre fundos", assinalou Obama.

ACORDO

"O Congresso, em nome de todos os americanos, chegou hoje a um acordo para evitar a paralisação do governo", disse Obama em declaração televisionada desde a Casa Branca.

Obama discursou minutos depois de o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, ter anunciado um acordo que permitirá financiar as atividades das agências federais até a 0h da próxima sexta-feira, até quando os dois partidos esperam ter aprovado um orçamento para o restante do ano fiscal de 2011.

"Ambas as partes precisaram fazer sacrifícios complicados e ceder terreno em assuntos que eram importantes para eles. E eu certamente fiz isso", assegurou Obama, que atuou como "mediador" entre os líderes da Câmara e do Senado em várias reuniões na Casa Branca durante esta semana.

O pacto autoriza uma nova prorrogação dos fundos do ano fiscal anterior para dar ao Congresso tempo de redigir e votar, na próxima semana, uma medida que cubra os seis meses que ainda faltam para o fim deste ano fiscal.

O pacto temporário, que entrou em vigor a 0h deste sábado (pelo horário local), faz efetivo um primeiro corte de US$ 2 bilhões, segundo confirmou o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid.

Obama admitiu que os cortes afetarão "programas nos quais as pessoas confiam e infraestruturas que são necessárias".

"Mas começar a viver dentro das nossas possibilidades é a única maneira de proteger os investimentos que ajudarão os Estados Unidos a competirem por novos trabalhos, aqueles que afetam a educação dos nossos filhos, os empréstimos a estudantes, a energia limpa e a pesquisa médica para salvar vidas", assegurou.

Para chegar a um acordo, os republicanos cederam em sua exigência de cortar todos os fundos para o Planned Parenthood, uma provedora de saúde para mulheres que inclui entre seus serviços os abortos sob certas circunstâncias.

Os republicanos também cederam em várias propostas que teriam eliminado os fundos da Agência de Proteção Meio Ambiental para regular as emissões de gás estufa e outros poluentes.

A Casa Branca já havia iniciado os preparativos para a paralisação da Administração por falta de fundos, o que teria afetado mais de 800 mil funcionários públicos e teria fechado o acesso a centenas de monumentos e parques nacionais do país, entre outros contratempos.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/96189/visualizar/