Vítima de homofobia na primeira partida da semifinal da Superliga Masculina (contra o Sada/Cruzeiro), o meio de rede Michael recebeu, neste sábado, uma homenagem de seu clube, o Vôlei Futuro. O jogador, além de comemorar a vitória por 3 sets a 2, agradeceu a mobilização.
A primeira ação em prol da causa LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) foi a confecção de uma camisa com o arco-íris, símbolo dos homossexuais. A peça foi usada por Mário Júnior, líbero da equipe, durante todo o duelo. Outra iniciativa foi a entrada de todo o elenco em quadra com uma camisa rosa com o nome de Michael.
Além disso, foram distribuídos aos torcedores presentes no Ginásio Plácido Rocha balões rosas com o nome do atleta e um bandeirão com os dizeres "Vôlei Futuro contra o preconceito".
"Antes do jogo sabia que teria alguma coisa, mas eu não imaginava o que seria. Antes de entrar em quadra vi a camisa do Mário Junior e achei muito criativa, mas quando a equipe entrou no ginásio e vi aquele povo todo com os "bate-bate" com meu nome, com aquela mega bandeira... fiquei emocionado, foi um gesto muito carinhoso", agradeceu.
Com o triunfo, o Vôlei Futuro empatou a série melhor de três e obrigou a realização do terceiro jogo, marcado para a próxima sexta, em Contagem (MG). Michael, que terminou a partida deste sábado com 11 pontos, ajustou o foco para o embate decisivo, porém, enalteceu que a luta contra o preconceito sexual continuará.
"A bandeira foi levantada, não que tenhamos que esquecer o que ocorreu, espero que não tenham outros casos como esse, mas agora acabou. É momento de deixar isso de lado e focar apenas no jogo de sexta-feira que pode nos levar à final da Superliga", afirmou.
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