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Internacional
Segunda - 16 de Setembro de 2013 às 07:09

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A viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, programada para outubro, dependerá do relatório que será apresentado pelo chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo, que, na semana passada, foi a Washington pedir explicações sobre a suposta rede de espionagem americana, informou no domingo (15) o Palácio do Planalto.


 
De acordo com os jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, após um encontro com o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (13), Dilma teria decidido não ir mais a Washington, pois o governo de Barack Obama até agora não deu respostas satisfatórias sobre as práticas de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA).


 
Mas o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, desmentiu no Twitter do Palácio do Planalto que Dilma teria cancelado a viagem aos Estados Unidos e explicou que uma decisão só será tomada após uma reunião com Figueiredo, ainda sem data definida.


 
O chanceler se reuniu na quarta-feira (11) em Washington com a Assessora de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, para tratar sobre a suposta espionagem sofrida por Dilma e pela Petrobras.


 
Documentos entregues pelo ex-técnico da NSA, Edward Snowden, ao jornalista Glenn Greenwald, colunista do jornal britânico The Guardian, que mora no Rio de Janeiro, revelam que o serviço de inteligência americano espionou telefonemas e e-mails de Dilma.


 
Além disso, outros documentos indicam que a Petrobras também foi alvo da NSA.


 
A presidente disse em uma nota oficial que, se essas atividades forem confirmadas, fica claro que a motivação dos Estados Unidos não era preservar a segurança ou combater o terrorismo, mas tinha objetivos "econômicos e estratégicos".


 
Depois das denúncias, Dilma cancelou a viagem de uma missão diplomática que deveria preparar a visita da governante à capital americana, programada para 23 de outubro.


 
O Ministério das Relações Exteriores não divulgou detalhes do encontro entre Figueiredo e Rice.


 
A reunião foi resultado do encontro privado realizado entre Dilma e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, há duas semanas durante a cúpula do G20, na cidade russa de São Petersburgo.


 
Após o encontro, a presidente disse que Obama tinha se comprometido a dar explicações sobre os casos de espionagem.


 
A presidente disse que seu governo exigirá de Washington explicações sobre o assunto, assim como "medidas concretas que afastem de forma definitiva a possibilidade de espionagem que viole os direitos humanos, nossa soberania e nossos interesses econômicos".




Fonte: EFE

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