Os manifestantes, essencialmente mulheres e crianças, estavam reunidos na segunda maior cidade do país em frente ao antigo palácio da justiça, que virou quartel-general da rebelião que tomou o controle da cidade em fevereiro.
"A Otan não é muito eficiente. Por que ela não ataca as forças de Kadhafi? Por que atira em nossos combatentes que lutam pela liberdade?", perguntou-se uma manifestante, Anwar Mali, 25 anos.
"Por que a Otan não fornece armas aos nossos combatentes?", se questionou outra manifestante, Rouquia Jibril.
Essa manifestação é sinal da confusão crescente de muitos líbios ante a Otan, no dia seguinte a um segundo ataque contra colonos rebeldes em uma semana.
Apesar de os manifestantes colocarem em dúvida o papel da Otan na Líbia, eles agradeceram à França e aos Estados Unidos, dois países que defenderam a criação de uma zona de exclusão aérea que levou a aniquilação do poder aéreo líbio.
Na quinta-feira, aviões da Otan abriram fogo contra um grupo de tanques rebeldes, fazendo ao menos quatro mortos - dois combatentes e dois médicos -, seis desaparecidos e 14 feridos, segundo o chefe do Estado-Maior dos insurgentes, o general Abdelfatah Younès.
Esta foi a segunda vez que a Otan disparou contra rebeldes desde que assumiu, no dia 31 de março, o controle da coalizão multinacional comandada pelos Estados Unidos.
"Foi um incidente infeliz" e "lamento muito pelas mortes" ocasionadas, declarou em Bruxelas o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.
Comentários