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Polícia Brasil
Quinta - 07 de Abril de 2011 às 10:26

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A audiência de instrução do processo sobre a morte de Eloá Pimentel em que serão ouvidas as testemunhas de defesa do réu Lindemberg Alves Fernandes começa nesta quinta-feira, às 9h, no Fórum de Santo André (Grande São Paulo). Lindemberg é acusado de manter a jovem de 15 anos em cárcere privado e depois matá-la em outubro de 2008.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, nove testemunhas de defesa deverão prestar depoimento hoje, entre amigos e parentes do jovem. Ele estará presente para acompanhar os depoimentos. A previsão é de que a audiência termine por volta das 14h.

De acordo com a assessoria do TJ, depois de ouvidas todas as testemunhas de defesa, o réu será interrogado --o que não deve ocorrer hoje, porque uma testemunha arrolada pela defesa que deveria ter prestado depoimento em Santana (zona norte de São Paulo) não compareceu no dia na audiência.

Todas as testemunhas de acusação já foram ouvidas pela Justiça no dia 11 de março.

Lindemberg poderá ser interrogado na próxima terça-feira (12).

A defesa sustenta a tese de que o tiro que matou a jovem partiu de policiais e pede para ter direito a contestar as provas, bem como um novo interrogatório de testemunhas. A análise do recurso no STJ resultou em empate, o que favoreceu o pedido da defesa.

Para o promotor Antonio Nobre Folgado, a audiência do dia 11 de março foi benéfica à acusação. Ele afirmou na ocasião que conseguiu aprofundar temas que não tinha aprofundado antes e que já sabia quais seriam as perguntas da defesa. Para ele, a audiência reforçou as provas e deve levar Lindemberg a júri popular.

Lindemberg está preso na penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo) e responde pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio (contra Nayara Rodrigues, amiga de Eloá que também foi rendida, e contra o sargento Atos Valeriano), cárcere privado e disparo de arma de fogo.

CRIME

O crime ocorreu em um conjunto habitacional do Jardim Santo André, em Santo André. Segundo a acusação, Lindemberg não se conformava com o fim do relacionamento com Eloá.

Na ocasião, a adolescente estava em companhia de três amigos --dois garotos liberados no mesmo dia e de Nayara que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento no dia 16 de outubro.

No desfecho do caso, após Eloá ser mantida em cárcere por cerca de cem horas, a polícia invadiu o apartamento, alegando ter ouvido um tiro de dentro do imóvel e porque o comportamento de Lindemberg naquele dia estava bastante agressivo.

A acusação diz que o rapaz atirou contra Eloá e Nayara, causando a morte da ex-namorada e ferindo a amiga dela na boca. A defesa sustenta que o tiro que matou a jovem partiu de policiais






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