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Cidades/Geral
Quarta - 06 de Abril de 2011 às 16:53

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Após entrega do estudo de viabilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao governador em exercício Chico Daltro, o tema também foi destaque entre os deputados e movimentou a sessão plenária desta terça-feira (05) na Casa de Leis. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), chegou a sugerir que a discussão seja ampliada com a presença de dois técnicos: um para defender o BRT (Bus Rapid Transit), o ônibus de trânsito rápido, e outro para falar do VLT.

“Com isso vamos fazer um debate aberto e oportunizar que a sociedade conheça esses dois sistemas”. No entanto, Riva reafirmou que a decisão de qual modelo é o melhor cabe ao Governo do Estado e não aos diretores da Agecopa, já que a Agência não foi instituída para este fim, mas para executar as obras diretamente ligadas à Copa, como a construção da Arena, do fun park e centros de treinamentos.

Ainda na tribuna, apontou as vantagens do VLT e disse que o BRT é o “pior” modal a ser escolhido. “O BRT é um sistema que dentro de 2 a 3 anos estará saturado e obsoleto. Nem um estudo aprofundado foi feito. Não abrir para analisar um estudo mais minucioso como o que foi feito pelo VLT, é menosprezar a inteligência do povo mato-grossense”, declarou.

O deputado Walter Rabello pediu parte na fala e mostrou sua preocupação diante do tema. Afirmou que a Capital não pode ser deixada de lado é que este será mais um legado. Na sequencia, o deputado Emanuel Pinheiro destacou que a indefinição diante do tema e a escolha já, a princípio, feita pelo BRT, causam estranheza.

Parece que o senhor, deputado Riva, vem pregando no deserto. Tudo o que o senhor fala, seguem o contrário. Sei que está é uma bandeira sua de longa data. O Ministério Público apresentou ao governador Silval uma preocupação pertinente de que o que a Agecopa tem a ver com travessia urbana e intervenção viária. Essas obras são do Governo do Estado e do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit)”.

O deputado Hermínio J. Barreto lembrou que a Prefeitura de Cuiabá também tem que participar das discussões, já que é a responsável pelo trânsito. “Vai representar o crescimento de Cuiabá dos próximos 30 a 40 anos. Esse debate precisa ser ampliado”, reforçou. O deputado Sebastião Rezende também pediu parte na fala e destacou a importância da defesa do deputado Riva pelo VLT. Segundo ele, é difícil entender quando dizem que o BRT já está escolhido, uma vez que são recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e que o governo vai pagar.

O deputado Percival Muniz também mostrou preocupação diante do assunto e destacou que a população precisa ter mais informações a respeito dos modais discutidos. Afirmou que o índice de acidentes com o VLT é menor uma vez que é mais difícil sair dos trilhos, enquanto o BRT é um ônibus grande que terá dificuldades em fazer curvas, tem que acelerar e frear.

Riva disse que, primeiramente, o Governo do Estado não quis pagar o estudo de viabilidade às empresas que custaria em torno de R$ 500 mil. Mas, que desta vez, o estudo foi bancado pelas próprias empresas interessadas. “Agora quem vai querer fazer estudos de um sistema que não será escolhido? Defendo um sistema moderno, seja o VLT, o monotrilho ou DMU [VLT a diesel], mas o pior modelo é o BRT. É difícil entender porque querem o que é pior”, declarou.

Na ocasião, o deputado Adalto de Freitas parabenizou Riva pelo esforço de trazer o que é mais moderno e defendeu o VLT. “Acredito que o BRT é funcional como periférico, mas como eixo estruturante, é um verdadeiro atraso”. Riva disse ainda que vai conversar com o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo para saber o posicionamento do chefe do Poder Municipal a respeito do assunto.

Vantagens: O tempo de parada do VLT é 30% menor que do BRT, que comporta apenas 163 passageiros. O VLT é de fácil acesso e tem sistema automatizado, com a opção de aumento na capacidade de passageiros. É acoplável e 50% mais rápido.A frota de ônibus rápido (BRT), que enfrenta problemas como buracos na pista, tem que ser trocada num período de sete anos. Enquanto que o VLT tem a durabilidade de 30 anos. Num comparativo considerando a frota, o número de passageiros, manutenção e operação, em um ano, constatou-se que o VLT gastaria US$ 676 milhões, DMU US$ 513 milhões e BRT US$ 636 milhões. (assessoria AL)
 






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