Acidentes, namoro e contato colocam mineiro no Chelsea
Quando criança, o mineiro Marcelo Ribeiro, 36, nem gostava muito de futebol.
Simpatizava com o Corinthians, mas só torcia mesmo para a seleção brasileira.
Como adulto, o esporte virou meio de ganhar a vida. E, também, uma paixão. "Até sonho que estou fazendo gols contra o Manchester".
Hoje, estará no Stamford Bridge, perto da meta do Manchester United. Mas não poderá fazer gols nas quartas de final da Copa dos Campeões. Uma série de reviravoltas pôs o brasileiro entre os massagistas do Chelsea.
Em 1995, foi reprovado em inglês num processo seletivo para um emprego. Cansado de estudar administração, decidiu aperfeiçoar o idioma.
Pouco depois, sofreu um acidente de carro e, com o dinheiro do seguro, foi para Londres. "Queria ficar um ano. Mas arranjei uma namorada e daí fui ficando".
Na Inglaterra, vivia de bicos. Machucou o braço e as costas e, por indicação de colegas de academia, buscou a massagem como tratamento.
Gostou tanto que passou a estudar o assunto. Com o diploma na mão, foi trabalhar em 2004 no Cirque du Soleil.
Logo depois, mudou-se para a Royal Ballet, importante companhia de dança.
Enquanto isso, fazia bicos no Fulham, time da primeira divisão inglesa. Lá, conheceu Jason Palmer, responsável por colocá-lo no Chelsea. Reencontraram-se em 2009, e Palmer fez o convite.
No clube, Ribeiro conheceu astros. "É lógico que tem estrelas lá dentro, tem gente que se acha melhor do que os outros. Mas o clima é bom".
Passou a frequentar as festas dos jogadores, inclusive a noite de fogos de artifício que o zagueiro John Terry, organiza no início de novembro.
O capitão do Chelsea doou um par de chuteiras para que Ribeiro fizesse leilão e bancasse parte do tratamento de câncer de uma sobrinha. Arrecadou cerca de R$ 8.000, já que o comprador decidiu enviar um dinheiro a mais.
O massagista, acostumado ao mundo do futebol, incorporou o discurso dos jogadores. Quer chegar à seleção. "É o meu sonho".
NA TV
Chelsea x Manc. United
15h45 ESPN e ESPN HD
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