Aneel cobra da Light plano de emergência contra explosões
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) cobrou da Light, responsável pelos bueiros que explodiram no Rio de Janeiro, um plano de emergência para verificar a situação de todos os equipamentos subterrâneos da empresa.
Segundo o diretor-geral da agência, Nelson Hubner, a Aneel multou a Light no ano passado. A penalidade está em fase de recurso, que será julgado pela diretoria em breve.
Na época, a empresa reconheceu que havia deficiência no processo de tratamento, manutenção e inspeção subterrânea, afirmou Hubner. De forma que atualmente está mudando seu sistema, com substituição de equipamentos.
A agência quer que, paralelamente à mudança em curso, a Light verifique todos os equipamentos e identifique quais oferecem risco à sociedade.
Não há prazo para conclusão do plano.
"Queremos uma fiscalização em tempo recorde, para que não haja risco para a população", disse Hubner.
Na sexta-feira (1º), uma explosão em Copacabana (zona sul do Rio) atingiu dois táxis e deixou cinco feridos. No dia 29 de junho do ano passado, uma explosão feriu um casal americano. No dia 14 de julho de 2010, um bueiro explodiu em Ipanema. Quatro dias depois, outro bueiro da Light explodiu no bairro de Laranjeiras. Nos dois últimos casos ninguém ficou ferido.
O presidente da Light, Jerson Kelman, admitiu no sábado (2) que novas explosões em bueiros podem acontecer no Rio de Janeiro. O risco é maior em 130 bueiros que ainda não passaram por inspeção e estão localizados em áreas críticas --com mais movimento de pedestres e trânsito. Esses locais, porém, não foram divulgados pela empresa.
O Secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Osório, informou hoje que a prefeitura assinou um decreto que será publicado amanhã com três providências: formação de uma comissão para acompanhar as ações da Light e da Aneel; uma empresa especializada será contratada para fornecer subsídios técnicos com opinião isenta, já que não é do governo nem das companhias envolvidas; a terceira ação se refere a um ofício que foi enviado à Justiça pedindo explicações tanto à Light, quanto à Aneel sobre o trabalho que está sendo feito para solucionar o problema.
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