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Saúde
Terça - 05 de Abril de 2011 às 13:38

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Sem a Química e a compreensão do mecanismo molecular das doenças, a sociedade não teria as conquistas e os avanços tecnológicos possíveis hoje na medicina. O Ano Internacional da Química (AIQ) destaca o papel da Química para a saúde das pessoas, comemorando, o Dia Mundial da Saúde, neste dia 7 de abril (quinta-feira).

A Química está presente nas etapas fundamentais da saúde: na prevenção, no diagnóstico, na terapia e no acompanhamento dos pacientes. Um bom exemplo são as doenças tropicais, cólera, diarreia e leptospirose, que podem ser evitadas com o consumo de água tratada com produtos sanitários como o cloro. Outras tantas transmitidas por insetos, como dengue e malária, são controladas com inseticidas. A Química também está aí.

A prevenção de doenças sexualmente transmissíveis é feita basicamente com o uso da camisinha, produzida com látex, um produto da indústria de polímeros. Os testes para detecção do vírus HIV são químicos. Qualquer exame clínico, seja de sangue ou de urina, é possível por meio de processos químicos. A AIDS é tratada por meio de coquetéis antivirais, contendo drogas como o AZT, enquanto a malária pode ser curada com o uso da substância química primaquina, um análogo do quinino (presente na água tônica).

 No caso dos tumores, o diagnóstico é fechado, muitas vezes, com a imuno-histoquímica (IHQ), com a qual é possível identificar moléculas específicas de um tipo de tumor ou outro.

 Segundo o prof. Dr. Guilherme Marson, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Comitê Gestor do Ano Internacional da Química (AIQ), o diagnóstico de diversos tipos de câncer, como o de mama, é favorecido pelo uso de ferramentas de caracterização molecular do tumor, o qual além de identificar o tipo do tumor em questão, direciona para uma terapia mais eficaz.

 “Já o câncer de tireoide, em muitos casos, é tratado com cirurgia seguida de terapia com derivados de iodo radioativo. Além disso, o uso de compostos químicos tem papel histórico na medicina. É o caso da revolução que o uso de hipoclorito de sódio na assepsia de equipamentos e instalações causou na cirurgia, poupando muitos pacientes da morte por infecção bacteriana. Outros exemplos são curiosos, como o caso do gás mostarda, uma das mais terríveis armas químicas, que incidentalmente se tornou a precursora da primeira droga anticâncer, inaugurando a era da quimioterapia e tornando o linfoma de Hodgkins uma doença tratável”, exemplifica o professor da USP.

 Sobre o AIQ: Realizado no Brasil pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), pelo sistema Conselho Federal de Química/Conselhos Regionais de Química (CFQ e CRQs), e pelo Instituto de Química da USP, o Ano Internacional da Química (AIQ) tem como responsáveis pela coordenação internacional de suas atividades a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). As instituições e os órgãos públicos que apoiam a iniciativa são: Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp). O AIQ conta com o patrocínio das empresas BASF, Bayer, Braskem, Clariant, Dow, Elekeiroz, Evonik, Innova, LANXESS, Oxiteno, Rhodia, Solvay, Unigel e White Martins. Mais informações no site oficial do evento em http://quimica2011.org.br






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