Vítima e agressoras de faculdade de Ribeirão Preto serão ouvidas
A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) deve ouvir, ainda nesta semana, as pessoas envolvidas na agressão da estudante de enfermagem Ana Cláudia Karen Lauer, 20.
A aluna, que também contará sua versão à polícia, disse que foi agredida na última sexta-feira em frente ao Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão.
A faculdade também apura o ocorrido para, se for o caso, punir os alunos envolvidos.
Segundo a reitora da instituição, Maria Célia Pressinato, ontem foi formada uma comissão de sindicância para apurar a agressão.
"A comissão definiu o cronograma de trabalho. As pessoas serão convocadas para dar sua versão, todos serão ouvidos", disse.
O grupo tem até 30 dias para concluir a apuração. No entanto, a reitora não descarta que, antes desse prazo, as alunas envolvidas --agressoras e vítima-- sejam afastadas das aulas.
"Enquanto se apura é possível que, temporariamente, ocorra um afastamento das estudantes. Mas isso cabe à comissão que tem autonomia para decidir", disse.
As penalidades que a instituição pode aplicar vai desde uma advertência até o desligamento da faculdade.
Além de ouvir alunos do curso e professores, a instituição deve analisar também imagens da câmera de segurança interna.
"A agressão ocorreu fora da universidade mas tudo será levantado", disse.
BULLYING
Ana Cláudia contou ter sofrido agressão na última sexta-feira, um dia após ter relatado à coordenação do curso que era vítima de bullying.
Segundo a versão de Ana Cláudia, na saída da aula, duas alunas a abordaram e usaram o capacete dela para agredi-la. A jovem teve fraturas no nariz e ficou com hematomas no rosto.
Ana Cláudia foi transferida neste ano da Unip, segundo sua família, para o centro universitário Barão de Mauá e disse que era rejeitada pelos colegas.
Ontem, nenhuma das envolvidas foram às aulas, segundo a instituição.
Comentários